A Polícia Civil do Pará rebateu nesta quarta-feira (8) críticas relativas à apuração de crimes ocorridos em zonas de assentamentos rurais no Estado. Segundo o delegado geral adjunto da Polícia Civil, Rilmar Firmino de Souza, no primeiro trimestre deste ano ocorreram três casos caracterizados como conflitos agrários. Dois deles, registrados nos municípios de Breu Branco e Tailândia (ambos no sudeste do Estado), já foram elucidados pela Delegacia de Conflitos Agrários (Deca), sediada em Marabá, também no sudeste.
O terceiro ainda está sendo investigado. “Nos casos de Breu Branco e Tailândia, tanto mandantes como autores dos crimes estão presos”, afirmou o delegado.
O caso do Assentamento Praialta-Piranheira, no município de Nova Ipixuna, onde foi morto o casal de extrativistas, continua sob investigação. O quarto crime, ocorrido na área do Assentamento Sapucaia, em Eldorado do Carajás, não tem característica de conflito agrário. A vítima foi identificada como João Vieira dos Santos, e não Marcos Gomes da Silva, como havia sido divulgado. Ele era fugitivo da polícia do Estado do Maranhão.
Casos resolvidos - O crime ocorrido no município de Breu Branco teve como vítima Francisco Alves Macedo, que seria liderança comunitária numa área de assentamento rural. Segundo o delegado José Humberto, titular da Delegacia de Conflitos Agrários, os mandantes do crime foram identificados como Marlene Nerys Pimentel e Darmy Almeida Melo. Ambos estão presos, assim como o pistoleiro Antonio James Pereira Barros, que tinha envolvimento direto em outros 10 homicídios, e o fornecedor da arma do crime, Max de Souza Medrado. A audiência dos envolvidos está marcada para o próximo dia 21, na Comarca de Breu Branco.
Já em Tailândia, um grupo de homens e mulheres armados invadiu uma fazenda, agrediu os funcionários e aterrorizou a comunidade. Uma das vítimas foi atingida com tiro de espingarda nas costas.
A polícia conseguiu prender todos os acusados, que agora respondem por formação de quadrilha, tentativa de homicídio e invasão de propriedade. “Isso é uma resposta concreta das ações policiais na região. Temos trabalhado com rigor para que toda e qualquer ação criminosa seja investigada e concluída”, ressaltou o delegado Rilmar Firmino.
Secom


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