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quarta-feira, junho 08, 2011

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O homem morto no dia 1º de junho, na estrada de acesso ao Assentamento Sapucaia, em Eldorado do Carajás, município do sudeste do Pará, usava nome falso e era foragido da Justiça do Maranhão. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (8) depois da localização de familiares da vítima em Bom Jardim, localidade da zona rural maranhense. Identificado na ocasião como um lavrador de nome Marcos Gomes da Silva, na verdade ele se chamava João Vieira dos Santos, tinha 33 anos e nasceu no município de Zé Doca, no Maranhão. Ele respondia naquele Estado pelo assassinato de Francisco das Chagas de Albuquerque França, morto a pauladas em 2001.
Na época, João chegou a ser preso, mas fugiu da Delegacia de Zé Doca junto com outros dois presos, em 24 de outubro de 2003. No mês da fuga ele havia sido pronunciado pela Comarca Judiciária de Bom Jardim pela autoria do crime. Conforme as investigações, ele fugiu do Maranhão e seguiu para o Estado do Pará, onde passou a viver com nome falso e a morar em diversas cidades, como Goianésia do Pará, Tailândia e Marabá, até chegar a Eldorado do Carajás, há cerca de dois anos. Nesta cidade, ele passou a viver escondido no Assentamento Sapucaia.
A identificação do morto foi feita por fotos. O termo de reconhecimento foi assinado pelo irmão de João, que mora no Maranhão. Ouvida em depoimento, a companheira de João, Maria Francisca Silva César, disse na Delegacia de Eldorado do Carajás que ele não possuía documentos e apenas se identificava como Marcos.
Tatuagens - Também natural do Maranhão, a mulher garantiu que não sabia de qualquer envolvimento do companheiro em crimes naquele Estado. As suspeitas de que a vítima seria fugitivo começaram ainda durante o exame de necropsia no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Marabá. O delegado Silvio Maués, diretor de Polícia do Interior, explicou que as três tatuagens encontradas no corpo da vítima levavam a crer que se tratava de um presidiário. “No braço direito havia uma borboleta que significa fugitivo. No peito havia a morte, que significa autor de homicídio. No outro braço, uma índia desenhada mostrava que se tratava de um presidiário”, explicou o delegado.
Essas informações foram confirmadas depois que uma equipe da Polícia Civil de Capanema (município do nordeste paraense), sob o comando do delegado Vicente Gomes, foi ao Maranhão localizar familiares do morto. Os policiais conseguiram uma foto, tirada em 2001, na qual João Vieira dos Santos aparece algemado durante a reconstituição do homicídio pelo qual respondia a processo. Também foi decisiva para a identificação do morto a coleta de impressões digitais feita no CPC Renato Chaves em Marabá, por meio da qual foi possível encontrar a ficha de identificação, a certidão de nascimento e o registro em cartório dele na Comarca de Bom Jardim.
Durante as investigações, duas testemunhas ouvidas em depoimento relataram que a vítima era envolvida em crimes na região do Assentamento Sapucaia, onde vivem 26 famílias. Uma das pessoas chegou a ser assaltada por ele. João também é acusado de roubos a caminhões de transporte de cargas.
Para o delegado Rilmar Firmino, já existem linhas de investigação sobre o motivo do assassinato de João Vieira dos Santos. A causa mais provável é vingança. No dia do crime, a vítima foi baleada pela manhã e socorrida por uma moradora do Assentamento. À noite, enquanto ele era levado em uma caminhonete até o hospital municipal de Eldorado do Carajás, o veículo foi interceptado na estrada por dois homens armados. Os ocupantes foram obrigados a descer do veículo e João foi levado e morto. Na caminhonete, além do motorista, estavam a companheira da vítima e o líder do assentamento, que nada sofreram. As investigações do crime prosseguem para identificar e prender os autores.
Walrimar Santos - Polícia Civil

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