Nesta quinta-feira (06), às 11h, representantes do governo do Estado voltam à mesa de negociações com diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), a fim de chegar a um consenso que ponha fim à paralisação dos professores da rede pública de ensino. No último dia 29, o movimento foi julgado abusivo pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJE), que determinou o retorno de 50% dos docentes às salas de aula. A ação foi movida pelo governo do Estado.
A reunião será na sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) - na Rodovia Augusto Montenegro -, tendo como representantes do governo o secretário de Educação Cláudio Ribeiro, e Alice Viana, secretária de Administração. O último encontro entre governo e Sintepp foi no dia 26 de setembro, quando o governo tentou evitar a greve. Da pauta da reunião solicitada pelo Sintepp e atendida pela equipe governamental, estão previstas discussões sobre a paralisação da categoria e a campanha salarial 2012.
A Seduc ainda aguarda manifestação do Ministério da Educação para então integralizar o valor do piso salarial. Contudo, além de já ter implantado o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), uma conquista esperada há décadas pelos professores, a atual gestão estadual garantiu a antecipação de 30% do valor do piso nacional, pagos no contracheque do mês de setembro.
Desde o início da paralisação, a Seduc vem tomando todas as medidas com os gestores das Unidades Seduc na Escola (USEs) e das Unidades Regional de Educação (UREs), a fim de manter a rotina dos 800 mil alunos atendidos.
Hoje, segundo dados da Secretaria, das 361 unidades de ensino da Região Metropolitana, 53,8% mantiveram suas atividades normais, enquanto 24,6% funcionaram de forma parcial e 21,6% paralisaram totalmente. Já no interior, das 821 unidades de ensino, 59,5% mantiveram a rotina normal. Paralisaram totalmente as aulas 37,5% das unidades de ensino, e parcialmente, 2,9%.
Na Escola Ruy Paranatinga Barata, no bairro de Val de Cans, os 1.800 estudantes dos ensinos fundamental e médio estão assistindo às aulas normalmente. “As atividades estão normais. Nós optamos em não parar e, na sexta-feira, inclusive, teremos nosso mini-círio com os alunos”, informou a diretora Léa Miranda.
“Aqui a aula foi normal. A greve não prejudicou a aula dos meus filhos”, garantiu a autônoma Tatiani da Silva, 28 anos, e mãe de três alunos da Escola Estadual Benedito Monteiro, localizada no bairro do Tapanã. A regularidade na rotina dos 498 alunos também se repetiu na Escola Castelo Branco, também em Val de Cans. “A aula está normal em todos os turnos”, disse a técnica Charlene Souza.
Sérgio Chene – Seduc
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