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terça-feira, outubro 04, 2011

Sespa e Ministério da Saúde definem plano para a Rede Cegonha

Representantes do Ministério da Saúde reuniram-se nesta segunda (3) e terça-feira (4), no Centro Integrado de Governo (CIG), com as coordenações de Saúde da Mulher e da Criança da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), para acompanhar a construção dos Planos de Ação da Rede Cegonha nos municípios da Região Metropolitana de Belém. A reunião foi presidida pela coordenadora nacional da Rede Cegonha e coordenadora da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilela, e pelo coordenador Nacional de Saúde da Criança, Paulo Bonilha Almeida.
Durante o encontro, foram apresentadas estratégias para definir e organizar o andamento do programa no Estado. Também foi discutido um plano emergencial que visa melhorar a atenção perinatal no Pará, que deve ser iniciado ainda neste ano. A Rede Cegonha foi criada para garantir a todas as mulheres assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) atendimento adequado, seguro e humanizado no pré-natal, pós-parto e também perinatal.
As medidas previstas são coordenadas pelo Ministério da Saúde e executadas pelos Estados e municípios. O programa prevê a qualificação dos profissionais de saúde que atuam na atenção primária e em serviço de urgências de obstetrícia. A capacitação visa garantir a assistência adequada às gestantes e aos bebês.
Segundo a coordenadora estadual de Saúde da Criança, Ana Cristina Guzzo, uma das propostas para a Rede Cegonha no Pará é a qualificação dos serviços de emergência já existentes e a melhoria daqueles que estão com dificuldade de funcionamento. “Nossa meta é equipar os serviços voltados para a atenção às grávidas e definir todo o fluxo dessa gestante na Rede Cegonha. Queremos garantir que a gestante tenha atenção no pré-natal, no parto e pós-parto”, afirmou.
Também estiveram presentes na reunião os secretários municipais de saúde de Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara, Belém e Benevides, além de técnicos de planejamento da Sespa. A próxima reunião com Estado e município já está marcada para o dia 17 de outubro. Segundo Esther Vilela, nesse primeiro momento está sendo avaliado o trabalho desenvolvido pelo Estado e coletado os dados dos municípios envolvidos. “De acordo com a necessidade, vamos analisar o que precisa de aporte financeiro, regulação e fixação de profissionais para iniciarmos o processo”, explicou.
A Rede Cegonha garante no mínimo seis consultas durante o pré-natal e uma série de exames clínicos e laboratoriais. As grávidas receberão auxílio para se deslocarem até os postos de saúde para fazer o pré-natal e à maternidade na hora do parto, com vale-transporte e vale-táxi. Outra ação importante direcionada às mulheres será equipar as unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu Cegonha) para o transporte seguro das grávidas e recém-nascidos.
Entre as propostas para o Estado, estão previstos centros de diagnósticos em alguns municípios com equipamentos oferecidos pela rede, além da criação de duas casas de gestantes e de centros de partos normais e a reforma da recepção das maternidades do Hospital de Clínicas Gaspar Viana, Santa Casa e Hospital Regional Abelardo Santos. Também está prevista a construção de uma maternidade pública em Belém.
A Rede Cegonha conta com R$ 9,4 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde para investimentos até 2014 em todo o país. Os recursos serão aplicados na construção de uma rede de cuidados primários à mulher e à criança. Inicialmente a Rede Cegonha está priorizando as regiões da Amazônia Legal e Nordeste.
Edna Sidou – Sespa

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