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domingo, dezembro 18, 2011

Para ler, pensar e repensar

O PORTEIRO DO PUTEIRO (ler até
o fim, por favor. Vale a pena...)
O PORTEIRO DO PUTEIRO
 Não havia no povoado pior emprego do que 'porteiro da zona'. Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício.
Um dia, entrou como gerente do puteiro um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento. Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções.
Ao porteiro disse:
- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.
- Eu adoraria fazer isso, senhor, balbuciou - Mas eu não sei ler nem escrever.
- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
- Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida  inteira, não sei fazer outra coisa. - Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte.
Dito isso, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer? Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho. Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego. Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado.
Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa. Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim fez.
No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar, já que... 
- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
- Se é assim, está bem.
Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens  mais próxima está a dois dias de viagem, de mula.
- Façamos um trato - disse o vizinho.
Eu pagarei os dias de ida e volta, mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?
Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias. Aceitou.
Voltou a montar na sua mula e viajou.
No seu regresso, outro vizinho o  esperava na porta de sua casa.
- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo.
Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem,  mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras.
Que lhe parece?
O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'.
Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas.
Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro, trazendo mais ferramentas do que as que já havia  vendido. De fato, poderia economizar algum tempo em viagens. A notícia começou a  se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viagem, faziam  encomendas.
Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes. Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois,  comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira  loja de ferragens do povoado. Todos estavam contentes e compravam dele.
Já não viajava os fabricantes lhe enviavam os pedidos. Ele era um bom cliente. Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, a ter de gastar dias em viagens. Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc ...
E após foram os pregos e os parafusos...
Em poucos anos, ele se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas. Um dia decidiu doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício. No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e disse:
- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do livro de atas desta nova escola.
- A honra seria minha, disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou  analfabeto.
- O Senhor? Disse incrédulo o prefeito. O senhor construiu um  império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado.  Eu pergunto:
- O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu posso responder, disse o homem com toda a calma:
- Se eu soubesse ler e escrever... Ainda seria o
PORTEIRO DO PUTEIRO!
Geralmente as mudanças são vistas como adversidades. As adversidades podem  ser bênçãos.As crises estão cheias de oportunidades.Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas.Lembre-se da sabedoria da água:
'A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna'. Que a sua vida seja cheia de vitórias, não importa se são grandes ou pequenas, o importante é comemorar cada uma delas.Quando você quiser saber o seu valor, procure pessoas capazes de entender seus medos e fracassos e, acima de tudo, reconhecer suas virtudes.
Essa história é verídica, e refere-se a um grande industrial chamado...
Valentin Tramontina, fundador das Indústrias Tramontina, que hoje tem 10 fábricas, 5.500 empregados, produz 24 milhões de unidades variadas por mês e exporta com marca própria para mais de 120 países – é a única empresa genuinamente brasileira nessa condição. A cidadezinha citada é Carlos Barbosa, e fica no interior do Rio Grande do Sul.

O COMENTÁRIO GERADO
A RESPEITO DA MATÉRIA
NO LINK ABAIXO. CONFIRA...

José Bentes disse...
Passei por uma situação semelhante. Eu trabalhava como ENGENHEIRO DE CAMPO na área de manutenção dos sistemas de transmissão da CELPA S.A. Um dia, fui procurado por outro engenheiro que me pediu auxílio, para acompanhar a equipe dele na finalização dos serviços de lavagem da subestação de Castanhal, no domingo. Mas, ainda no sábado foram feitas trocas dos veículos - pick-ups fechados por abertas.
No domingo, acordei 4:30hs da madrugada, tomei um banho gelado, preparei um copo de leite, vesti meu uniforme e separei os meus capacete e luva de raspa. Acontece que a equipe não foi me buscar e, na segunda-feira, havia um cadáver para velar. Daí para frente passei a sofrer todo tipo de discriminação. O meu nome foi parar numa lista de demissão política e eu fui afastado daquela área e, compulsoriamente, jogado no mutirão de recuperação da empresa, nas instalações lá próximo a Icoaraci.
E tudo porque, sem nenhum argumento e tendo sido considerado inocente pelo jurídico da empresa, fui considerado culpado pelas lideranças inescrupulosas de um sindicato de salafrários. Voltei a estudar e me formei (em primeiro lugar, em 1998, na UNAMA) e pós-graduei em Comércio Exterior (UFRJ). Entretanto, quando a empresa foi privatizada o meu nome encabeçava a lista de indivíduos a serem demitidos e eu adoeci gravemente. Tive a minha vida destruída pela demissão e por toda aquela conjuntura política da época.
Os meus conhecimentos técnicos de nada valiam no mundo informatizado a minha volta. Mas, o que mais me torturava era que tudo havia começado com o fato dos meus comandados, na área de manutenção, ter ido dizer que o meu trabalho “não era necessário!”. Agora, portanto, vejo que eles estavam certos. Principalmente, quando sou, daquela turma de “amigos”, o único que está vivo para comemorar o Natal.

Ass. José Bentes

18 de dezembro de 2011 13:16

Um comentário:

José Bentes disse...

Passei por uma situação semelhante. Eu trabalhava como ENGENHEIRO DE CAMPO na área de manutenção dos sistemas de transmissão da CELPA S.A. Um dia, fui procurado por outro engenheiro que me pediu auxílio, para acompanhar a equipe dele na finalização dos serviços de lavagem da subestação de Castanhal, no domingo. Mas, ainda no sábado foram feitas trocas dos veículos - pick-ups fechadas por abertas. No domingo, acordei 4:30hs da madrugada, tomei um banho gelado, preparei um copo de leite, vesti meu uniforme e separei os meus capacete e luva de raspa. Acontece que a equipe não foi me buscar e, na segunda-feira, havia um cadáver para velar. Daí para frente passei a sofrer todo tipo de discriminação. O meu nome foi parar numa lista de demissão política e eu fui afastado daquela área e, compulsoriamente, jogado no mutirão de recuperação da empresa, nas instalações lá próximo a Icoaraci. E tudo porque, sem nenhum argumento e tendo sido considerado inocente pelo jurídico da empresa, fui considerado culpado pelas lideranças inescrupulosas de um sindicato de salafrários. Voltei a estudar e me formei (em primeiro lugar, em 1998, na UNAMA) e pós-graduei em Comércio Exterior (UFRJ). Entretanto, quando a empresa foi privatizada o meu nome encabeçava a lista de indivíduos a serem demitidos e eu adoeci gravemente. Tive a minha vida destruída pela demissão e por toda aquela conjuntura política da época. Os meus conhecimentos técnicos de nada valiam no mundo informatizado a minha volta. Mas, o que mais me torturava era que tudo havia começado com o fato dos meus comandados, na área de manutenção, terem ido dizer que o meu trabalho “não era necessário!”. Agora, portanto, vejo que eles estavam certo. Principalmente, quando sou, daquela turma de “amigos”, o único que está vivo para comemorar o Natal.

Ass. José Bentes

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