Lucivaldo Pereira, morador do bairro do Jurunas, viu uma oportunidade na oficina de Lutheria realizada na Fundação Curro Velho. O rapaz de 20 anos é apaixonado por música e toca contrabaixo. “Eu gostei muito de aprender a fazer um instrumento. O Curro Velho se superou com um curso que não tem em Belém”.
O lhutier Joércio Santos, que trabalha com instrumentos de percussão, foi outro aluno da oficina de Lutheria. “Eu já tinha curiosidade para saber como era o processo de construção de violão, queria expandir a área que eu trabalho. Só trabalhava com percussão, agora vou trabalhar com instrumento de corda, uma área muito boa”.
Para o professor da oficina da Lutheria, Márcio Luthier, a oficina teve um resultado muito bom. “A gente começou com 15 alunos e encerra com 10. Restauramos em torno de 23 violões e confeccionamos violões e cavaquinho”. O professor comemora que alguns alunos compraram suas ferramentas para começar a sua própria Lutheria. “O que eles aprenderam aqui vão ter que praticar em casa. Alguns pretendem ser um luthier e outros mais por hobbie mesmo para fazer seu próprio instrumento. A maioria quer ter isso como profissão mesmo”, comemora.
A superintendente da Fundação Curro Velho, Dina Oliveira, conta que a instituição lançou uma campanha permanente de doação de instrumentos musicais. “Fizemos uma grande campanha de doação de instrumentos musicais. Com isso, iniciamos a montagem de uma Lutheria e hoje graças a Deus estamos com 23 violões prontos para tocar. A gente vai começar uma oficina com estes instrumentos doados para mostrá-los já recuperados, tocando na próxima Feira da Beira”, comemora.
O projeto da Lutheria possibilitou para 10 jovens o sonho de construir um instrumento. “Os alunos da Lutheria não só recuperaram violões como construíram três novos instrumentos, dois violões e um cavaquinho”, conta Dina Oliveira. Para o ano de 2012, a oficina de Lutheria continua e as doações de instrumentos musicais de cordas podem ser feitas na sede da Fundação Curro Velho, na rua Professor Nelson Ribeiro, nº287, no bairro do Telégrafo.
Texto:
Andreza Gomes-FCV
Nenhum comentário:
Postar um comentário