O
trabalho de mediação de conflitos realizado por assistentes sociais da Polícia
Civil resultou em mais de 15 mil atendimentos sociais em Seccionais e
Delegacias da Região Metropolitana de Belém, e em Abaetetuba, região do Baixo
Tocantins, no ano de 2011. Esse é o balanço final de atendimentos efetuados
pelos profissionais do Serviço Social da instituição policial. Ao todo, a
Polícia Civil dispõe de 30 servidores na área do Serviço Social para o
atendimento nas unidades policiais. Os profissionais são responsáveis em
realizar acordos entre pessoas em conflito, como briga entre vizinhos, entre
familiares e até apurar denúncias de maus tratos de pessoas no lar. A maioria
dos atendimentos prestados pelo Serviço Social da Polícia Civil foi de casos de
conflitos familiares com mais de 3,3 mil atendimentos no ano passado.
A área
da Seccional Urbana da Sacramenta, que abrange os bairros da Sacramenta,
Telégrafo, Barreiro, Val-de-Cans e Maracangalha, foi a que mais registrou casos
atendidos pelos assistentes sociais, com 571 situações de conflitos familiares.
Os casos de uso de drogas, violência doméstica, perturbação do sossego,
conflitos entre alunos nas escolas e fugas do lar corresponderam a mais de 1,7
mil atendimentos sociais em 2011. Ainda, de acordo com os dados, mais de 2,9
mil casos de brigas conjugais foram resolvidos por meio do Serviço Social,
levando ao entendimento entre o casal e evitando que os casos fossem parar na
Polícia para se tornar processos judiciais.
Os
assistentes sociais chegam a prestar encaminhamentos de usuários para a rede de
serviços sociojurídicos e assistencial. Eles também são responsáveis em dar
orientações sobre os direitos do cidadão e sobre leis e benefícios referentes
ao abandono de lar e à pensão de alimentos. São encarregados ainda de realizar
visitas domiciliares para acompanhar as pessoas atendidas e verificar situações
de violação de direitos contra crianças, adolescentes e idosos, além de atender
casos de violência doméstica, de calúnia, ameaças, difamação, injúria, consumo
de drogas, lesão corporal, perturbação de sossego, conflito escolar, fugas do
lar, entre outros.
Ao
analisar os dados de 2011 em comparação ao ano anterior, o relatório das
atividades dos assistentes sociais aponta que houve um considerável aumento do
número de atendimentos. “Os atendimentos realizados pelos assistentes sociais
contribuem com o trabalho da autoridade policial para a diminuição de
procedimentos policiais, como Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCOs),
visando a redução de processos encaminhados ao Judiciário. Portanto, com a
intervenção do Serviço Social, as partes chegam a um acordo reforçando a
credibilidade do profissional diante da população, e o fortalecimento da
cultura do diálogo visando a paz”, explica a assistente social Simone Aguiar.
Ela
explica que, para o ano de 2012, os assistentes sociais da Polícia Civil
pretendem traçar um protocolo de atuação nas Delegacias e definir os chamados
instrumentais de trabalho, ou seja, padronizar as metodologias para análise dos
dados dos atendimentos sociais. O objetivo é conceituar todos os tipos de
atendimentos para se poder trabalhar de forma mais clara os dados estatísticos
e elaborar um perfil das pessoas atendidas pelo Serviço Social nas Delegacias.
Texto:
Walrimar Santos-Polícia Civil
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