A manhã desta terça-feira (20) foi de festa para os 200 alunos atendidos no Programa da Classe Hospitalar do Hospital Ophir Loyola, conhecido como Prosseguir, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). As crianças que passam por tratamento de câncer tiveram muitos motivos para sorrir. Qualquer passo do desengonçado Papai Noel causava gargalhadas, que podiam ser ouvidas em todo o auditório.
Vestidos de ovelhas, burrinhos, lobos ou galinhas, as crianças emocionaram pais, mães e o público em geral durante a apresentação de uma peça teatral sobre o nascimento do menino Jesus. A dona-de-casa Lucimeire Lopes era só orgulho da pequena Helen, 11 anos, que esbanjava simpatia durante a apresentação.
A menina, “valente”, como a própria mãe diz, luta há seis anos contra um câncer no sangue. “Fico orgulhosa ao ver minha filha cantando, dançando e se divertindo. Este projeto faz muito bem para ela, que continuou os estudos mesmo estando em tratamento”, afirmou. O coral infantil da Vale Música também deu sua contribuição para deixar a festa mais bonita com belas canções de Natal.
Para a coordenadora do programa, Ângela Barbosa, o momento marca a culminância dos 200 dias letivos e de intensa celebração da vida. “Este momento serve para confraternizar, celebrar e reviver, além de encerrarmos nossas atividades com chave de ouro, nos integrando com alunos, pais e professores”, resumiu. Após horas de intensa diversão, as crianças ganharam presentes do Papai Noel e um lanche.
Criado em 2003, com parceira firmada entre Seduc e Ofir Loyola em 2006, o “Prosseguir” permite que crianças e adolescentes internados em cinco hospitais da Região Metropolitana de Belém (Ofir Loyola, Santa Casa, Hospital Metropolitano, João de Barros Barreto e Hospital de Clínicas) desenvolvam suas atividades escolares e possam dar continuidade aos estudos de nível fundamental e médio.
Segundo a coordenadora, dezenas de alunos concluíram seus estudos no ensino médio graças a projetos nos hospitais e algumas conseguiram chegar ao nível superior. “Temos uma aluna que passou este ano no vestibular. Ela terminou seus estudos conosco e hoje está na universidade. Aqui as crianças passam muito tempo. Algumas chegam a passar anos e inclusive perdemos muitos alunos também”, ressaltou.
Agência Pará
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