Técnicas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
do Estado do Pará (Emater) de nove municípios do nordeste paraense estão
reunidas até esta quinta-feira (27), para a elaboração dos projetos finais para
o acompanhamento das beneficiárias participantes da chamada pública de mulheres
que o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) executa por meio da Emater em
benefício de 160 mulheres da região, que está em fase de encerramento.
A chamada pública iniciada em 2010 trabalhou o fortalecimento
da cadeia produtiva do artesanato, oficinas de qualificação, plano de negócios,
oficinas de gestão, visitas técnicas e um estudo de viabilidade econômica da
atividade artesanal. A partir das atividades executadas a Emater elaborou um
diagnóstico que aponta os entraves para a atividade, como mercado, transporte e
desorganização da categoria.
Para minimizar a situação, a Emater propõe por meio de
projeto que será apresentado ao MDA, a criação de uma rede de produção e
comercialização do artesanato na perspectiva da economia solidária. Entre os
projetos também está o manejo do guarumã, a planta nativa dos igapós e da
várzea que é matéria prima para fabricação de paneiro, cestaria, peneira, e que
está desaparecendo. Conforme orientação da Emater, tudo o que é usado para a
produção do artesanato tem que ser feito de forma sustentável. O material
provém de resíduos sólidos ou produtos da sociobiodiversidade.
Segundo Margareth Chermont, socióloga da Emater, a ideia da
empresa é oportunizar que mais mulheres tenham o acesso ao mercado e as
políticas públicas para o setor. As ações da chamada pública já têm resultados
positivos. A renda das mulheres artesãs cresceu em pelo menos 30%. “Apesar
disso, o artesanato continua sendo a segunda renda da família. As mulheres
agricultoras continuam sendo agricultoras", adiantou Adda Lima, economista
da Emater. O final da chamada pública culmina com a elaboração por meio da Emater
de mil projetos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf) da linha Mulher, para a implementação da produção. Os projetos variam
entre R$ 600 e R$ 800.
Texto:
Iolanda Lopes-Emater
Fone: null / (91) 9168-0535
Nenhum comentário:
Postar um comentário