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quarta-feira, setembro 12, 2012

Hemopa convoca doadores de sangue raro


A Fundação Hemopa volta a convocar doadores de sangue do tipo negativo para atendimento transfusional de pacientes internados na rede hospitalar da capital, tendo em vista a redução de aproximadamente 20% do número de voluntários com essa característica. Um dos principais entraves para atendimento da convocação é a falta de atualização de dados cadastrais desses doadores no hemocentro.
O tipo de sangue mais comum entre a população brasileira é O Positivo, seguido do A Positivo. O sangue tem sua classificação em grupos com a presença ou ausência de um antígeno na superfície das hemácias. Os grupos mais importantes são: ABO e Rh. A incidência desses grupos varia de acordo com a raça por tratar-se de fator hereditário.No caso de transfusão, o ideal é o paciente receber sangue do mesmo tipo que o seu. Somente em situações de urgência/emergência lança-se mão do sangue universal: O Negativo.
Dos sangues raros, o índice na população brasileira é de 4% do O Negativo, 2,5% do A Negativo, 1% B Negativo, 0,5% do AB Negativo. Para manter atendimento das convocações feitas pelo serviço de Captação de Doadores, os voluntários devem estar com seus dados cadastrais atualizados, entre os quais o telefone (residencial e celular) e o endereço e e-mail, tendo em vista que os mesmos só comparecem ao Hemopa se forem convocados por esses meios.
Para reverter a situação, o hemocentro conta com o apoio da população para atualizar o cadastro dos associados do Clube de Doadores Raros, que existe desde 1988, e atualmente conta com 9.262 pessoas inscritas. Dessas, 4 mil são portadores de sangue tipo O Negativo (sendo 70% homens), 2.225 são de A Negativo; 1.186 B Negativo; 665 ABNegativo; e 1.186 AB Positivo. A meta é elevar para 15% o número de associados que têm sangue do tipo Negativo.
Doações no mundo
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 92 milhões de doações são feitas todos os anos no mundo – a maioria por voluntários. Entretanto, desse total, 30 milhões realizam o procedimento uma única vez e não retornam aos hemocentros para novas doações. Atualmente, apenas 62 países têm bancos de sangue capazes de atender às próprias necessidades. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que 1,9% dos brasileiros doam sangue regularmente. No Pará, esse índice chega a 1.7%. A taxa está dentro do parâmetro de 1% a 3% definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas ainda precisa melhorar.
De acordo com a OMS, o aumento na expectativa de vida e o consequente crescimento de doenças crônicas relacionadas ao avanço da idade exigem transfusões de sangue e uso de hemoderivados que vão além da oferta existente.
 Quem pode doar sangue: Candidatos com boa saúde; idade entre 16 anos completos e 67 anos; peso acima de 50 kg. É necessário apresentar documento de identidade original e com foto. Não precisa estar em jejum. Com a doação são realizados exames para diversas doenças, entre elas Aids, Sífilis, Doença de Chagas, Hepatites, HTLV I e II, além de tipagem sangüínea. O homem pode doar a cada dois meses e a mulher a cada três. O doador deve estar bem alimentado.
 Quem pode fazer cadastro de doação de medula óssea: Homem ou mulher saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos. Necessário portar documento de identidade original e com foto.
 Serviço: O Hemopa espera por você na Tv. Padre Eutíquio, 2109. Funcionamento para coleta: de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h, e aos sábados, das 7h30 às 17h. Maiores informações pelo fone: 0800 280 8118, de 2ª a 6ª-feira, das 8h às 18h; e aos sábados, até as 17h.

Texto: Vera Rojas-Hemopa
Fone: (91) 3241-1811 / (91) 88953089
Email: Imprensa.hemopa@yahoo.com.br

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