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quarta-feira, junho 15, 2011

Operação integrada do governo desmonta rede irregular de venda de gás

A operação "Butano I", realizada na amanhã desta quarta-feira (15), pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), resultou na apreensão de 81 botijões de gás e uma moto, além da detenção de 10 pessoas. Participaram equipes do Centro Estratégico Integrado (CEI), Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) e Corpo de Bombeiros em uma grande ação integrada, em 10 pontos irregulares de venda de gás, distribuídos em cinco bairros da Região Metropolitana de Belém (RMB). No total, mais de 100 homens estiveram envolvidos na ação.
“O saldo da operação superou nossas expectativas, a apreensão foi maior do que o previsto, já que não esperávamos apreender grande quantidade de material, uma vez que esses vendedores clandestinos não costumam fazer o armazenamento dos botijões justamente para não caracterizar a comercialização”, explicou a delegada Socorro Maciel.
Pedreira, Guamá, Benguí, Cidade Nova e Marco foram os bairros onde a operação foi realizada. Foram apreendidos botijões das marcas Liquigás, Paragás, Minasgás e Tropigás. “Os botijões armazenados de forma irregular, sem fiscalização, podem colocar em risco a vida das pessoas, podem ocasionar explosões e incêndios”, disse a delegada, explicando sobre a preocupação em desmontar essa rede de comércio paralelo.
As 10 pessoas detidas em flagrante foram direcionadas para a Dioe para prestar depoimentos. O material apreendido será levado para um distribuir autorizado, indicado pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo – Sindigás.
Operação
Para a realização da operação foram destinadas nove viaturas e 36 homens da Polícia Militar, sete viaturas e 20 homens do Corpo de Bombeiros, 10 viaturas e 38 policiais civis, além de pessoal do CEI. Para a seleção dos pontos foi observado se funcionavam em local não apropriado para este tipo de comercialização e se não atendiam às normas de segurança estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A pena para o crime pode variar de dois a cinco anos de prisão. Mas, o crime é passível de fiança, prevista em lei, e o comerciante poderá responder ao processo em liberdade.
Desde abril o CEI trabalhava na investigação da venda clandestina de gás. Até o momento, já foram mapeados 130 pontos de comercialização irregular, que estarão sendo alvo de apreensões até o final do ano. A "Butano I" foi a primeira de outras operações que acontecerão até o final do ano.
O objetivo das operações é o enfrentamento à venda ilegal de gás de cozinha, visando garantir ao consumidor um produto seguro e de qualidade e orientá-lo sobre direitos e deveres das distribuidoras e revendedoras, premissas que estão entre as principais metas do Programa de Combate ao Comércio Clandestino de GLP, criado pela ANP e executado em todos os Estados da federação em parceria com o Ministério Público dos Estados e órgãos do Sistema de Segurança Pública.
Manuela Viana – Secom

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