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sexta-feira, abril 22, 2011

Duas semanas após ataque, corpo de atirador de Realengo é enterrado

Segundo IML, Wellington Menezes foi enterrado com autorização judicial.
Ele foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, nesta sexta (22)
Do G1 RJ

Duas semanas após o ataque em Realengo, em que matou 12 crianças, o corpo do atirador Wellington Menezes de Oliveira foi enterrado nesta sexta-feira (22) no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Portuária do Rio. A informação foi confirmada pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo próprio cemitério.
De acordo com o cemitério, o enterro aconteceu às 9h, a partir de um ofício do IML, com autorização judicial para o sepultamento.
O prazo para a família reclamar o corpo vencia nesta sexta. Como o reconhecimento já havia sido feito na escola no dia de sua morte, ele não precisou ser enterrado como indigente, mas foi sepultado em cova rasa. Segundo funcionários do cemitério, ninguém acompanhou o enterro.
Em uma carta encontrada com ele no dia do massacre, Wellington havia pedido para ser enterrado com um lençol branco no Cemitério do Murundu, em Realengo, ao lado do corpo da mãe, morta há cerca de dois anos.
Três vítimas seguem internadas
Três crianças vítimas de Wellington seguem internadas. Na quarta-feira (20), um menino que havia retornado ao hospital após receber alta, foi novamente liberado. Uma menina de 13 anos, internada do Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, passou por uma nova cirurgia. Segundo informações da Secretaria estadual de Saúde, "ela permanece em observação no Centro de Terapia Intensiva (CTI) pediátrico, com quadro regular, que inspira cuidados". Um menino, também de 13 anos, permanece em observação no mesmo hospital.
Já no Hospital Albert Schweitzer, um menino de 14 anos, também ferido no ataque, continua internado no CTI e apresenta melhora clínica satisfatória e quadro de saúde estável.

Foto: Sabrina Lorenzi/iG O coveiro
 Leandro Silva Oliveira foi encarregado
de enterrar Wellington
Menezes de Oliveira, autor
 da chacina em Realengo

'Sentimento foi de ódio', diz
 coveiro que enterrou corpo
Leandro Silva Oliveira afirma que nunca sentiu nada
 igual em três anos de profissão ao enterrar corpo do atirador de Realengo
Sabrina Lorenzi, iG Rio de Janeiro


Há três anos trabalhando como coveiro, Leandro Silva Oliveira, de 25 anos, disse que nunca sentiu nada igual no exercício da profissão. Coube a ele enterrar o corpo de Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre de 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, ocorrido no último dia 7.
O corpo do atirador foi enterrado na manhã desta sexta-feira (22), em uma cova simples no cemitério do Caju, na zona portuária da cidade. "O sentimento foi de ódio. Acho que um cara desses não merecia ser enterrado", diz o coveiro.
Leandro afirma que foi pego de surpresa ao saber que teria de enterrar o corpo do atirador. O sepultamento, segundo ele, ocorreu por volta das 8h30. "Eu estava bem, mas cheguei aqui e encontrei essa tarefa."
Coveiro queria ver o rosto do atirador
O coveiro conta que o corpo exalava um cheiro muito forte em razão de ter ficado 15 dias no IML (Instituto Médico Legal). Segundo ele, dois funcionários da Santa Casa de Misericórdia o ajudaram na ação e todos queriam ver o rosto do atirador, mas não foram autorizados. O caixão com o corpo de Wellington chegou fechado ao cemitério e permaneceu assim até ser colocado dentro da cova.
O enterro de Wellington foi gratuito. Responsável pelo sepultamento, a Santa Casa de Misericórdia informa que, por dia, realiza de cinco a seis enterros no cemitério do Caju sem cobrar nada.
O atirador não foi enterrado como indigente porque o corpo saiu identificado do IML. Nenhum parente foi até o necrotério reconhecer o cadáver nem compareceu ao sepultamento.
Wellington queria ser enterrado em outro lugar
O enterro de Wellington foi realizado em um local diferente do que ele desejava. Uma carta apreendida em uma mochila do atirador que foi levada para a escola, o assassino dizia que gostaria de ser enterrado no cemitério do Murundu, em Realengo, ao lado do corpo da mãe.
Vídeos apreendidos pela polícia revelaram que Wellington já planejava um ataque à uma escola desde o ano passado. Imagens mostraram o atirador dizendo que esteve na Tasso da Silveira três dias antes do massacre e que se preparou para o crime em um hotel, no bairro do Valqueire, na zona norte, onde teria passado a noite anterior da tragédia.
Assassino se matou: Após atirar nos estudantes, Wellington foi baleado por um PM na barriga e na perna e, em seguida, se matou com um tiro na cabeça. Laudo do IML indicou que o atirador cometeu suicídio.
Ele usava duas armas no dia da tragédia. Um revólver calibre 38 e outro calibre 32. Três homens suspeitos de venderem o armamento para Wellington foram presos.
Wellington, segundo policiais da Divisão de Homicídios, teria efetuado 66 disparos na hora do massacre. Ele usava um cinto de guarnição semelhante aos de PMs, onde foram encontradas outras 24 balas.

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