“Pescado:
dá água na boca e faz bem para a saúde”. Este é o slogan da campanha da Semana
do Peixe 2012, lançada nesta segunda-feira (3) em Belém, às 6h, no mercado
Ver-o-Peso. A campanha, que é promovida pelo Ministério da Pesca e Aquicultura,
segue até o dia 17 com ações de incentivo ao consumo de pescado no país. Dentro
da programação alusiva à Semana do Peixe, a Secretaria de Pesca e Aquicultura
do Pará (Sepaq) irá realizar três Feiras do Peixe Popular.
A
primeira será neste sábado (8), em Ananindeua, no Ginásio João Paulo II
(Abacatão), das 8h às 12h. As outras duas serão realizadas em Belém no dia 15
de setembro, das 8h às 14h, na Fundação Tancredo Neves (Centur) e na quadra
coberta da Paróquia de São Domingos Gusmão, localizada no bairro da Terra
Firme. As feiras, como de costume, trarão o pescado a um preço cerca de 10%
mais barato que praticado pelo mercado.
O
lançamento oficial, em âmbito nacional, foi realizado pelo ministro Marcelo
Crivella, da Pesca e Aquicultura, no dia 1° de setembro, no Mercado São Pedro,
em Niterói (RJ). Durante a Campanha, o ministro visitará regiões do País para
mobilizar a população. A Semana do Peixe traz este ano algumas novidades. A
Campanha, na televisão e na internet, terá a participação de Thiago Pereira,
medalhista olímpico. Eventos gastronômicos e mobilizações serão promovidos nos Estados
e no Distrito Federal.
No site
do Ministério (www.mpa.gov.br), as pessoas poderão enviar
receitas saborosas de pescado para divulgação e obter o cartaz da Campanha. Na
rede também será possível imprimir a cartilha com dicas para manipulação de
pescado, além de orientações sobre como verificar a qualidade do produto na
hora da compra, e diversas receitas regionais. Um aplicativo permitirá que esse
conteúdo possa ser acessado, a todo o momento, pelo celular.
Alimentação
saudável
Entre as
refeições campeãs quando o assunto é nutrição saudável, o peixe está, sem
dúvida, entre as indicadas. Porém, no Brasil, mesmo com uma produção de pescado
viável, a população consome o alimento menos que o recomendado. O consumo de
peixe no país por pessoa é de aproximadamente nove quilos por ano, enquanto a
recomendação é de 13 quilos neste mesmo período. Isso se dá pela falta de
tradição, indisponibilidade de um produto de qualidade e ao fator
socioeconômico do consumidor. É o que acredita o nutricionista Bruno Morais.
“Esses elementos são o que nos deixam atrás de diversos países, mesmo com o
nosso litoral e a diversidade de espécies que temos”, destacou.
Segundo o
engenheiro de pesca da Sepaq, João Terra Trindade, o Pará é um privilegiado na
produção de peixe. “O Pará sempre produz muito peixe. A produção é que varia
durante o ano, bem como as espécies. Mas o ano todo temos as principais
espécies comercializadas, tais como pescada amarela, filhote, tambaqui, tucunaré
e pirarucu. Elas só sofrem diminuição na produção conforme o período de defeso
e a reprodução das mesmas”, contou.
Neste
período de muito sol no Pará é preciso atenção redobrada na alimentação. “É
muito importante verificarmos a qualidade da nossa alimentação no verão, uma
vez que ficamos mais suscetíveis à desidratação. É nessa hora que devemos agir
e fazer com que consigamos balancear essa circunstância com a ingestão de
alimentos mais leves e saudáveis”, explicou Bruno Morais. Porém, é preciso
buscar um pescado de qualidade. “A maior preocupação é com a procedência deste
produto, pois o peixe é um alimento de fácil deterioração e por isso a sua
perecibilidade é muito alta”, ressaltou o nutricionista.
O peixe
pode ser consumido tanto no almoço quanto no jantar, pelo menos uma vez por
semana. Por possuir fácil digestão, ele será absorvido quase que na sua
totalidade e não dará a sensação de empachamento. “Devemos aproveitar se
estivermos em locais litorâneos, pois peixes de água salgada contém uma quantidade
significativa de ômega 3, substância responsável pelo controle da pressão
arterial, doenças cardiovasculares e índices de triglicerídeos no corpo humano,
assim como vitaminas e muitos minerais como o sódio, potássio, ferro, magnésio,
flúor e etc.”.
As espécies
de peixes que ocorrem no Pará, por sua vez, são na sua totalidade mais leves,
por possuírem um teor menor de lipídeos e uma quantidade significativa de
gorduras poliinsaturadas, consideradas muito benéficas, ao contrário da carne
bovina, que apresenta maior quantidade de gorduras saturadas, de poucos
benefícios. “O que devemos atentar é o índice de gordura de um pescado para o
outro. Peixes com a carne branca (a exemplo do bacalhau, corvina, dourado) são
menos gordurosos que peixe com a carne mais escura (atum, salmão, sardinha)”,
acrescentou Bruno Moraes.
A forma
de preparo também é muito importante. “Devemos dar preferência para assados,
grelhados e cozidos sempre. Isto serve para todos os alimentos. Para termos a
certeza de estarmos consumindo um alimento de boa qualidade devemos dar
preferência a peixes frescos, com odores leves e agradáveis, o corpo rígido e
arqueado, os olhos claros e brilhantes e as escamas bem aderentes à pele. Isto
fará com que tenhamos uma segurança microbiológica maior e consequentemente o
seu valor nutricional conservado”.
Texto:
Anna Carla-Sepaq
Anna Carla-Sepaq
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