Segundo
dados do Ministério da Previdência Social, existem em todo o Brasil 56 milhões
de contratos firmados de empréstimo consignados. Esse mercado movimenta
atualmente R$ 120 bilhões e levanta preocupações principalmente por causa do
endividamento dos aposentados que usam essa modalidade de empréstimo. Para
debater este assunto, alunos do projeto "Vida Ativa na Terceira
Idade", criado e conduzido pela Secretaria de Estado de Esporte e Lazer
(Seel), participaram, de 29 a 31 de agosto, do ciclo de palestras sobre
superendividamento do idoso, promovido pela Secretaria de Estado de Justiça e
Direitos Humanos (Sejudh), em parceria com a Seel, o Banpará e o Procon.
No dia
29, os participantes tiveram atividades na Tuna Lusa; no dia 30, o evento foi
realizado na Asalp; e, no dia 31, no hospital Abelardo Santos, em Icoaraci.
Profissionais esclareceram aos idosos sobre os cuidados relacionados aos
empréstimos consignados e outras transações bancárias. Um técnico do Banpará
orientou os participantes como eles podem fazer empréstimos sem se endividar e
uma profissional do Procon explicou como devem proceder caso sejam enganados em
transações financeiras.
Maria das
Graças, de 65 anos, faz parte do projeto “Vida Ativa na Terceira Idade” há um
ano e falou da importância de praticar diariamente as orientações passadas
durante o evento. “Achei muito importante todas as informações que nos
passaram; até aprendi como usar o caixa eletrônico e sacar o meu dinheiro, além
de perceber o quanto é necessário termos alguém, como nossos filhos, por perto
na hora de fechar essas transações”, disse.
O
empréstimo consignado é feito sem avalista, oferece taxas de juros especiais e
as prestações são descontadas diretamente na folha de pagamento. Com tantas
facilidades, a dívida acaba se transformando numa grande bola de neve. Isso por
que, segundo o Ministério, muitos fazem novos empréstimos antes de quitar o
anterior. Pela lei, uma pessoa pode comprometer no máximo 30% da renda mensal.
Na prática não é o que ocorre. E as maiores vítimas são os aposentados, que
sofrem ainda com a ação dos estelionatários.
Texto:
Angela Bazzoni-Seel
Angela Bazzoni-Seel
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