O
governador Simão Jatene assina, nesta terça-feira (04), em Tóquio, no Japão, o
contrato com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, na sigla em
ingês), que garante o investimento de R$ 320 milhões para a execução do projeto
Ação Metrópole. Jatene e a comitiva se deslocaram na última quinta-feira (30)
para o país. Representam o Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano
(NGTM), responsável pela implementação do Ação Metrópole, o diretor geral,
César Meira, e a diretora executiva, Marilena Mácola.
O projeto
integrará os municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa
Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará, com a implantação do Bus Rapid Transit
(BRT) do Entroncamento, na saída da capital, até Marituba, na Grande Belém. A
comitiva governamental permanece até o dia 8 no Japão. Neste período, também
será fechada, junto aos japoneses, a contratação internacional da consultoria
geral para o projeto de mobilidade urbana, que implantará o BRT na RMB.
O sistema
é operado por ônibus articulados, com quatro portas no lado esquerdo, trafegando
em canaletas pela rodovia BR-316. Os ônibus poderão transportar até 200
passageiros, o que elevará a capacidade dos corredores BR-316 e Augusto
Montenegro para 24 mil passageiros nas horas de pico, e 48 mil na avenida
Almirante Barroso. O Ação Metrópole está dividido em três etapas. A
primeira foi a construção do elevado Gunnar Vingren, nas avenidas Júlio Cezar e
Centenário, e Daniel Berg, nas avenidas Júlio Cezar e Pedro Álvares
Cabral, além do prolongamento da avenida Independência e a recuperação da rodovia
Arthur Bernardes.
Em março
deste ano, começou a segunda etapa do projeto, com a publicação, no Diário
Oficial do Estado, do edital para contratar o projeto executivo de engenharia
viária e estudos ambientais relativos ao prolongamento da avenida João Paulo
II, no trecho compreendido entre a passagem Mariano e a rodovia Mário
Covas. A avenida terá cerca de 4 mil metros, duas pistas, com três faixas
por sentido, ciclovia, calçadas em ambos os lados e a implantação de duas
pontes, uma a 60 metros da passagem Mariano, transpondo a ponta do Lago
Bolonha, e outra a 200m da rua da Pedreirinha, transpondo a ponta do Lago Água
Preta. A interligação da avenida com a BR-316 se dará com a construção da
quarta pétala do elevado Mário Covas, uma obra de aproximadamente 200 metros.
Parceria
O Ação
Metrópole teve início em 1990, quando a capacidade de mobilidade urbana de
Belém começou a apresentar sinais de saturação. Para solucionar o problema, o
Governo do Estado desenvolveu vários estudos na área de mobilidade urbana para
a RMB, que resultaram na proposta do projeto Ação Metrópole, com uma nova
infraestrutura viária, com vias alternativas ao tráfego, implantação das obras
dos corredores e a gestão consorciada desse sistema. Em 2001, a equipe
elaborou o Plano Diretor de Transporte Urbano para a RMB. Para isso, foram
desenvolvidos inúmeros estudos técnicos que justificam a implantação deste
modelo, a exemplo de estudos na área ambiental, de fluxo de pessoas,
socioeconômicos e de sinalização viária.
Em maio
deste ano, representantes da Jica estiveram em missão em Belém, quando fizeram
avaliação e visita técnica para decidir sobre o financiamento do projeto pelo
governo japonês. Após as análises, em 18 de maio os japoneses foram recebidos
por Simão Jatene, ocasião em que confirmaram a operação de crédito no
valor de R$ 320 milhões e a cooperação técnica para a continuidade do
projeto. “Essa parceria entre Brasil e Japão já dura mais de 20 anos.
Nossa finalidade é contribuir para o desenvolvimento financeiro e social da
população do Pará e acho que estamos caminhando para isso por meio do projeto.
Por isso, fazemos questão de reiterar essa parceria”, disse, na ocasião, o
representante sênior da Jica no Brasil, Masayuki Eguchi.
Para o
diretor geral do NGTM, Cesar Meira, a assinatura do contrato simbolizará um
momento histórico para o Estado. “Este é um grande momento, pois o Ação
Metrópole vai muito além de um projeto de mobilidade, na medida e que trará
qualidade de vida para a população. O projeto irá trazer uma solução para um
dos grandes problemas que temos hoje na RMB”, ressalta.
(Com
informações de Manuela Viana – NGTM)
Texto:
Amanda Engelke-Secom
Amanda Engelke-Secom
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