Pela primeira vez em Curuçá, alunos do sétimo ano do curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural do Pará (Ufra) puderam ver na prática o que aprendem na academia. Nos dias 26 e 27 de maio, 36 alunos, mais professores, participaram de extensa programação promovida pelo Escritório Local de Curuçá da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
A empresa foi procurada pela Ufra para esta parceria pelo professor da disciplina de extensão rural, José Itabirici, que é ex-extensionista do quadro funcional da Emater. Para o professor, essas visitas técnicas são extremamente positivas pela troca de experiência. “Todo o grupo está muito feliz com a oportunidade de aprendizado, por conhecer a realidade do agricultor”, e acrescenta “é importante fazer extensão rural antes do tempo”, declarou.
Itabirici ainda revela que mantêm na agenda do ano letivo as visitas aos escritórios da Emater por conhecer as atividades desenvolvidas pela empresa. “A Emater é a responsável legal para realizar a extensão rural no Estado. Uma grande responsabilidade levar educação e instruções para o agricultor familiar e os alunos precisam compreender isto”, afirmou.
Além dos alunos do sétimo ano do curso de Engenharia de Pesca que conheceram o escritório local de Curuçá, o professor já levou cerca de 110 alunos do curso de agronomia do nono semestre para atividades de campo em Santa Izabel e Santa Barbara. “O alunado é muito interessado e curioso. Após a viagem percebemos uma maior participação deles na sala de aula”, avaliou o professor.
Atividades: Como parte da programação, no primeiro dia, palestras foram ministradas pelos técnicos da Emater sobre pesca e aquicultura, o organograma da empresa, as atividades desenvolvidas pelos profissionais da Emater e sobre o Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf).
Com o intuito de promover a integração do ensino com a prática ainda foi organizado pela Emater um conversa entre os alunos da Ufra e pescadores de Abade, uma comunidade pesqueira localizada próxima ao município. “É ouvindo os relatos do pescador que esses alunos poderão exercer desde já a futura profissão deles”, relatou Raimundo Afonso, técnico da Emater. Ainda segundo Raimundo Afonso, que acompanhou os alunos, “nós extensionistas temos o maior prazer em realizar esse ciclo de palestras e esse dia de campo para alunos acadêmicos. A troca de experiências é sempre positiva”.
O aluno Felipe Castilho concordou com o extensionista. Feliz com a oportunidade de aprender na prática, ele disse que muito importante que os alunos tenham essa experiência de campo. “Estudamos em uma universidade rural e vemos as necessidades que este meio enfrenta. O campo é a minha primeira perspectiva de atuação depois de formado”.
Já na manhã de sexta-feira, os alunos se deslocaram a uma propriedade produtora de camarão. Foi escolhida pelos técnicos da Emater a propriedade Nossa Senhora de Fátima, de Geraldo Alves de Souza. “Trazer eles na fazenda foi gratificante, pois tenho a chance de despertar o interesse desses futuros engenheiros de pesca, já que a carcinicultura (cultivo do camarão) é um forte dessa região”, avaliou o proprietário que acrescentou, “aproveito para mostrar aos visitantes métodos de produção dentro da sustentabilidade”.
Kenny Teixeira - Ascom Emater
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