O Dia Mundial sem Tabaco, lembrado em 31 de maio, será marcado por uma série de ações voltadas para o combate ao fumo na Fundação Santa Casa. A gerência de Saúde do Trabalhador organizou uma vasta programação destinada a conscientizar os servidores quanto aos malefícios causados pelo hábito de fumar e, especialmente, as futuras mães sobre os problemas que podem ocorrer caso façam uso do cigarro durante a gravidez.
Gerente do setor de Neonatologia do hospital, a Dra. Márcia Maciel reforça que fumar durante a gestação traz sérios riscos como abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e episódios de hemorragia (sangramento).
“A gestante que fuma apresenta mais complicações durante o parto e têm o dobro de chances de ter um bebê de menor peso e menor comprimento, comparando-se com a grávida que não fuma. Tais problemas se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno” destaca Márcia.
A médica ressalta, ainda, que um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar, em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto devido ao efeito da nicotina sobre o aparelho cardiovascular do bebê. Assim, é fácil imaginar a extensão dos danos causados à criança com o uso regular de cigarros pela gestante.
Mas os riscos para a gravidez, para o parto e para a criança não decorrem somente do hábito de fumar mantido pela mãe. Quando a gestante é obrigada a viver em ambiente poluído pela fumaça do cigarro ela também absorve as substâncias tóxicas presentes na fumaça, que entram na corrente sanguínea e acabam sendo transmitidas para o feto. Da mesma forma, quando a mãe fuma durante a amamentação a nicotina chega ao leite e acaba sendo absorvida pela criança.
Doenças do Fumo: Dos cerca de 1,25 bilhões de fumantes no mundo, mais de 30 milhões são brasileiros. O fumo está ligado à origem de tumores malignos em oito órgãos (boca, laringe, pâncreas, rins e bexiga, além do pulmão, colo do útero, próstata e esôfago). Dos tipos de câncer com maior índice de mortalidade no Brasil, metade (pulmão, colo de útero e esôfago) tem o cigarro como um de seus fatores de risco.
Perigo real: O Instituto do Câncer (Inca) prevê que, neste ano, 9.830 mulheres terão câncer de pulmão no país. O tabagismo é diretamente responsável por 30% das mortes por câncer, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e 25% das mortes por doença cerebrovascular. Outras enfermidades também relacionadas ao uso do cigarro são o aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem. No Brasil, a estimativa é de que, a cada ano, 200 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo.
Alessandro Borges - Ascom/Santa Casa
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