Um acordo de cooperação técnica assinado entre o Fundo Ver o Sol, Sebrae Pará e o Banco do Brasil, pretende garantir investimentos no mercado empreendedor e no trabalhador informal de Belém. A iniciativa proporcionará o oferecimento de cursos de empreendedorismo individual e vai estimular a formalização dos permissionários públicos, que trabalham em feiras, mercados e vias públicas.
“Essa parceria vai permitir que os permissionários possam planejar seu futuro, tendo direito a aposentadoria, licença saúde e maternidade, por um custo bem acessível – menos de R$ 60 por mês”, explica Helder Melo, coordenador do Fundo Ver-o-Sol. Ele ressalta ainda que o acordo vai motivar o empreendedor e melhorar a economia do município. “Estamos unindo esforços para quem quer ser empreendedor em Belém”, disse.
No acordo de cooperação técnica, o Fundo Ver-O-Sol disponibilizará os cursos de capacitação e liberação de microcrédito, o Sebrae participa com cursos de gestão MEI (Micro Empreendedor Individual) e o Banco do Brasil vai dar oportunidade de abertura de conta bancária para o trabalhador, uma forma de ganhar cidadania econômica, por meio da abertura de uma conta com custo mínimo. Esse valor será revestido em bônus de telefonia celular.
A formalização será incentivada numa segunda etapa da parceria, após a preparação do trabalhador para a Lei do MEI (Micro Empreendedor Individual), com esclarecimentos para quem precisará gastar o que hoje corresponde a cerca de 5% do salário em impostos para ter um retorno importante com direitos como licença maternidade e licença saúde, por exemplo.
Ruben Ransen, superintendente do Banco do Brasil, falou que este trabalho é a função do Banco. “Este ato cumpre a nossa função de trabalhar pelo empreendedorismo nas comunidades. Isso é a inclusão bancária para os cidadãos de Belém”, disse. Para Vilson Shuber, diretor superintendente do SEBRAE no Pará, o trabalho que vai ser realizado com a união dos três órgãos será estendido para o interior do Estado. “Em Belém, esse trabalho é essencial para qualificar nossos empreendedores”, disse.
Quem também participou da cerimônia foi Maria do Céu, 49 anos. Ela é micro empresária que conseguiu financiamento junto ao Fundo Ver o Sol para abrir um salão de beleza e uma loja de confecções. “Comecei a trabalhar com apenas R$ 800 na informalidade e fiquei por cinco anos assim, vendendo para amigos de porta em porta”, conta.
Quando descobriu o Fundo, Maria fez um empréstimo para aumentar o seu capital de giro. “Antes eu era sacoleira. Hoje eu tenho uma loja. Se você não tem apoio, é complicado você crescer”, ressalta. Ela conta ainda que um dos maiores incentivos para fazer o empréstimo junto ao fundo e montar o seu negócio, foi a taxa de juros que diminuiu a cada ano. “Vou continuar crescendo meu negócio com esta nova parceria assinada”, disse.
Texto: Liandro Brito
Fotos: Oswaldo Forte
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