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sexta-feira, maio 27, 2011

Workshop no Hangar debate criação de Centros de Transplantes na região Norte

O segundo dia do III Congresso Pan Amazônico de Hematologia e Hemoterapia, que está sendo realizado no Hangar, até esta sexta-feira, 27, de 8h às 18h, teve como foco de discussão hoje a implantação de Centros de Transplantes da Região Norte. Segundo recente pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) a região tem o menor número de cadastros enviados a Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. O Pará, através da Fundação Hemopa, tem elevado gradativamente o número de inscritos, que somente de 2009 a 2010 aumentou em 142%.
O debate sobre o tema foi travado dentro do "Workshop TMO na Região Norte: Por que não?", tendo como coordenador de mesa Guilherme Genovês, da Coordenação Geral do Sangue de Hemoderivados (CGSH), do Ministério da Saúde (MS), com a moderação da hematologista Simone Maradei (Inca); a médica Érika Coelho (PE), dr. Luis Fernando Bouzas, coordenador do Inca; o secretário de Estado de Saúde do Pará, Hélio Franco;  Nelson Fraji, do Hemocentro do Amazonas.
Atualmente o Brasil registra a marca de 2,2 milhões de doadores de medula óssea, sendo o terceiro maior banco de dados do gênero do mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos e Alemanha. O crescimento progressivo de cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), aumentou as possibilidades de se encontrar compatibilidade no Brasil. No Pará, o serviço é oferecido pelo Hemopa desde 2002, e até março deste ano já efetivou quase 62 mil cadastros, registrando elevação de 142% entre 2009 e 2010.
Segundo Luis Fernando Bouzas, a quantidade de doadores cresceu depois de investimentos na parceria com hemocentros e instituições responsáveis pela captação de doadores no Brasil. O grande aumento de registro no Redome fez com que o Inca, coordenador do registro, mudasse o foco do trabalho. “Agora estamos em busca da fidelização do doador. Todo esse empenho para termos um registro de doadores brasileiro confiável, que chega a impressionar os profissionais de outros países, não seria válido se a doação não chegasse ao paciente, que é o objetivo final de todo este esforço", comentou Bouzas.
Para a gerente do serviço de cadastro de doadores de medula óssea do Hemopa, a assistente social Juciara Farias, o aumento de inscrições no Redome no Pará, deu-se em função da informatização do sistema, que impulsionou o serviço e agilizou a realização da tipagem do Antígenos Leucocitário Humano (HLA). “Não podemos esquecer a grande importância das parcerias de instituições públicas e privadas na realização de campanhas interna e externa”, completou, informando que a atuação do Pará ajuda a salvar vidas no Estado, no Brasil e no mundo, já que o sistema de busca de doador compatível é mundial. Atualmente cerca de 1.200 pacientes aguardam por transplantes no Brasil. No Pará, a fila é formada por aproximadamente 150 pessoas.

Vera Rojas - Ascom Hemopa

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