O governador do Pará, Simão Jatene, convocou uma reunião na manhã desta quinta-feira, 26, com os procuradores do Ministério Público Federal no Estado, Ubiratan Cazetta, Alan Mansur e Felício Pontes, para discutir um plano de ação de combate à violência no campo. “Bateu no teto. O Pará não agüenta mais esse tipo de fato. O governo vai reagir e não vamos aceitar que isso continue acontecendo. O Pará tem problemas? Tem. Tem gente capaz de crimes como esse? Tem. Mas, a maioria é gente do bem, que precisa ser respeitada”, enfatizou o governador.
A reunião durou cerca de duas horas e, ao final, Jatene afirmou que o estado trabalhará em três linhas de atuação: gerenciamento de crise, gerenciamento de risco e priorização dos casos exemplares. “Pedimos o apoio do MPF para atuar em uma grande linha de investigação. Se existe uma lista, vamos querer saber que lista é essa, quantos nomes existem, qual o risco que essas pessoas correm e o que o estado pode fazer para proteger esses cidadãos”, ressaltou.
O procurador Ubiratan Cazetta garantiu que o MPF irá acompanhar este debate e retomar a discussão em torno das investigações que, segundo ele, estavam paradas. “Não há como negar que este processo estava parado. Nesta reunião de hoje com o governador vamos redefinir estratégias e fazer um detalhamento de todos os casos. O momento é de identificar os gargalos e tentar eliminá-los”.
Comprometimento – O governador deixou claro que as questões que envolvem a violência no campo não podem ser tratadas apenas pelo governo estadual. Segundo ele, é necessário que se aumente o número de interlocutores no combate a esse tipo de crime. “Não é interesse do governo federal, do governo estadual e dos municípios combater a violência? Então temos que nos unir para combater esse problema”, enfatizou.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Luiz Fernandes, que também esteve presente na reunião, disse que a polícia continuará no local onde ocorreu o assassinato até que os culpados sejam identificados e punidos. “Ainda não temos uma lista de suspeitos, porém sabemos a linha de investigação que devemos seguir. A polícia do Pará não irá descansar enquanto este caso não for solucionado”, garantiu.
Bruna Campos – Secom
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