O governador Simão Jatene se reuniu nesta quarta-feira (10) com a secretária de Estado de Meio Ambiente, Tereza Cativo, representantes do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor) e do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) para discutir um novo sistema de gestão ambiental. O desafio é resolver o problema da pobreza e da desigualdade com um modelo de desenvolvimento sustentável compatível com a biodiversidade do Pará.
“Não dá mais para conviver com os modelos antigos, em que você tratava a questão com uma dicotomia, colocando o desenvolvimento de um lado e o meio ambiente de outro. É necessária uma mudança não só de filosofia, mas principalmente no sentido de dotar o Estado das condições institucionais necessárias para esse novo tempo”, disse Tereza Cativo.
José Carlos Carvalho, que foi ministro de Meio Ambiente no governo Fernando Henrique Cardoso, era um dos conselheiros presentes na reunião. “Esperamos colaborar com a Secretaria do Meio Ambiente e com o governo do Estado para estabelecer um processo de governança ambiental não apenas preocupado em dar respostas aos problemas da atualidade, mas, sobretudo, com foco no futuro”, reforçou.
“Precisamos trazer para a agenda política e institucional do governo novos temas da sustentabilidade, como serviços ambientais, mudanças climáticas, acesso aos recursos genéticos, porque esses serão os temas que vão dominar o futuro. Esperamos que ainda neste semestre o governador tenha condições de remeter à Assembléia Legislativa o projeto ou projetos de lei que forem considerados necessários para a implementação dessas medidas ”, ressaltou José Carlos Carvalho.
A reunião na Sema teve como objetivo ouvir a opinião do governador e sinalizar um eixo de discussão de um processo que começa hoje, segundo o diretor-presidente da Ideflor, José Ribeiro Colares. “Existem experiências mais ou menos parecidas com essa. É o caso de Minas Gerais. Precisamos dessa experiência e também da experiência do Amazonas, por causa da especificidade da realidade do Pará, que é complexa e heterogênea”, concluiu.
Secom
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