Em viagem a Belo Horizonte (MG), o titular da Superintendência do Sistema Penal (Susipe), Francisco Bernardes, visitou as unidades prisionais do Estado. Ele conheceu o Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, os trabalhos de ressocialização e as obras de construção da primeira penitenciária do país implantada no modelo da Parceria Público-Privada (PPP).
O Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade permite que as detentas grávidas fiquem com seus filhos até que eles completem 1 ano de idade. Após esse período, a Justiça decide sobre a guarda da criança, que geralmente é encaminhada para os familiares mais próximos.
A unidade não tem celas com grades e sim quartos, cada um com cama e um berço ao lado. A maior parte das agentes penitenciárias são técnicas em enfermagem, o que possibilita um pronto-atendimento em casos de emergência e demandas pré ou pós-parto. Elas também estão habilitadas a orientar as mães sobre os cuidados com o recém-nascido, amamentação, cura do umbigo e no tratamento de doenças de menor gravidade em crianças de até 1 ano.
Na sede do Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, Bernardes conheceu todas as oficinas de trabalho desenvolvidas. Na unidade, são produzidas sacolas ecológicas, produtos eletrônicos, roupas, bijuterias, bonecas de arame, embalagens de brinquedo e artesanato.
O objetivo das visitas é observar experiências bem-sucedidas do sistema penitenciário brasileiro e trazê-las para o Pará. A idéia é estabelecer sistemas de trabalho com a mão-de-obra das detentas, inclusive na construção da hidrelétrica de Belo Monte. “Queremos o máximo de oportunidades para as internas, na área de formação profissional. Estamos procurando parcerias de empregabilidade para que em breve possamos concluir um convênio com a indústria têxtil”, diz Francisco Bernardes.
Ascom Susipe
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