Cerca de três mil pessoas já estavam no Píer da Casa das 11 Janelas antes mesmo do concerto de encerramento do XXIV Festival Internacional de Música do Pará começar, às 20h30 deste domingo, 28. O Palco ali montado recebeu a Orquestra Sinfônica do evento composta de 70 músicos reunindo numa só noite várias nacionalidades. Além dos brasileiros, e entre esses, paraenses, paraibanos, brasilienses e paulistas, estavam russos, chilenos, holandeses, tchecos e australianos, falando todos uma única língua, a da música, mostrando mais uma vez que as diferenças podem ser anuladas por uma causa maior, a arte.
A música tomou conta do lugar ao som da conhecida Sinfonia nº 40, de Mozart, que entre cada um dos quatro movimentos recebeu muitos aplausos. O Concerto no. 1 para Trompa e Orquestra, de Richard Strauss foi executada em seguida e após curto intervalo para adaptação da orquestra à obra seguinte, começou a Sinfonia Italiana, de Mendelssohn.
Alguns pingos de uma chuva que não caiu causou um leve burburinho na plateia que permaneceu no lugar até o final, e foi brindada com duas grandes surpresas da organização: a soprano Adriane Queiroz, uma das atrações do Festival fez uma execução vibrante de “Melodia Sentimental”, de Villa-Lobos, acompanhada pela orquestra presente, igualmente encantada pela voz da paraense que foi descoberta ao estudar canto para melhorar sua performance na alfabetização de crianças, com quem trabalhava no bairro da Terra Firme. Hoje é contratada pela Staatsoper, de Berlim, e veio a Belém especialmente para participar do evento.
E para comemorar a volta do grande Festival, a apresentação chegou à apoteose com a bateria da escola de samba Rancho Não Posso Me Amofiná, que fez todos dançarem no Pier: espectadores e músicos trocaram passos com as sambistas ao som de “Ó Virgem Santa, rogai por nós” na última noite do XXIV Festival Internacional de Música do Pará.
Maria Christina - Ascom Fundação Carlos Gomes
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