O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência recebeu, nesta terça-feira (2), a visita do chefe do grupo de assessoramento estratégico do Ministério da Saúde, Silvano Raia, e do coordenador geral do Sistema Nacional de Transplante, Éder Muralha Borba, que estão no Estado para fortalecer a política de captação e o transplante de órgãos. No hospital, eles conheceram mais sobre o projeto Amazônia Transplante e viram como funcionam as instalações da unidade, que é referência do atendimento a trauma e queimados, de média e alta complexidade.
“Há uma expectativa dos profissionais que trabalham no Pará de que possamos desenvolver os transplantes no Hospital Metropolitano, já que os potenciais doadores de órgãos em sua maioria são gerados aqui, por se tratar de um hospital de atendimento a trauma e de neurotrauma. Se pudermos puder acoplar a geração do potencial doador com a realização do próprio transplante é sempre melhor, é assim que acontece em vários lugares do mundo”, disse Éder Borba.
O coordenador do Sistema Nacional de Transplante disse ainda que o Ministério da Saúde está atento para o crescimento de captação de órgãos na região Norte e que, por isso, pretende investir recursos nesses Estados. “Estamos fazendo uma visita a todos os Estados do Norte do país, em função da grande disparidade de desenvolvimento da Política Nacional de Transplante por regiões do Brasil. O Norte tem apresentado um aumento de doadores de órgãos para captação, contudo não faz transplantes. Precisamos começar, em um curto espaço de tempo, a fazer transplante, sobretudo de rim e fígado, aqui no Pará”, continuou.
Sobre os investimentos para a região Norte, Éder disse que há uma série de planos de transferência de recursos especificamente para o fortalecimento da Política Nacional de Transplante. Existe o plano de implantação da Organização de Procura de Órgãos, inclusive uma aqui para o Hospital Metropolitano. O ministério repassa um recurso para a implantação, no valor de R$ 20 mil, e na sequência é repassado esse mesmo valor mensal para custeio e funcionamento do que é preciso fazer para movimentar a busca de potenciais doadores. Além disso, existem inúmeras rubricas para incentivo de banco de multitecidos, transplante de medula óssea, entre outros.
A equipe do Ministério da Saúde foi recebida pelo diretor geral do hospital, Pedro Anaisse, que apresentou o projeto de transplante para o hospital, enviado para a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) definir a sua pertinência, e falou da necessidade de se fazer transplante, uma vez que há potenciais doadores e uma equipe capacitada para fazê-lo.
Silvano Raia explicou que um dos objetivos da visita foi conhecer como funciona a rede de saúde e os profissionais que vão fazer os transplantes no Pará, pois a meta é trazer parte de sua equipe para capacitar os profissionais do Estado. “Coordenamos um comitê no ministério para o desenvolvimento de novos centros de transplantes nos Estados que ainda não o fazem. Belém está em uma situação favorável porque está na eminência de poder fazer todos os órgãos sólidos”, disse, informando que o Pará já captou e distribuiu, para todo o Brasil, mais de 50 fígados. “É uma falta de lógica eles não serem transplantados aqui”, concluiu.
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