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quarta-feira, agosto 10, 2011

Exposição fotográfica marca volta do projeto Laboratório no Centur

A exposição “Qual é o teu canto?”, que reúne os fotógrafos Flávia Bassalo, Douglas Caleja e Mari Jares, entra nesta quarta-feira (10) no circuito do projeto Laboratório, da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves. A mostra com 31 fotografias fica no hall Benedicto Monteiro, andar térreo do Centur, até 9 de setembro. A entrada é franca.
Na exposição cada artista trabalha temáticas e técnicas diferentes. A foto analógica, por exemplo, é o formato escolhido por Flávia Bassalo e Mari Jares. Com a mostra ”Paisagens internas”, Flávia faz uma viagem pelo cenário da casa de sua mãe, onde nasceu, para compor a mostra com imagens que depois são modificadas no computador. Efeitos gráficos e acabamentos diferentes no formato final das fotos são outras marcas da arte da fotógrafa.
Esse mote do reencontro com lembranças e lugares que marcaram a vida dos artistas de alguma forma é a ligação entre as exposições dos três fotógrafos. “A ideia é retratar a sensação que temos ao retornar a um lugar que não era tão significativo naquele primeiro momento, um sentimento de reencontro“, explica Flávia.
Mari Jares descobriu essa sensação de pertencimento ao morar um ano e meio na Bélgica e ver a diferença entre o céu europeu e as terras daqui. “Desde criança sempre tive paixão em olhar as nuvens. É uma coisa que a gente não conhece bem. As formas que a nuvem fazem. O por do sol, o nascer do sol”, diz.
Na Bélgica, pela diferença de clima, conta ela, o céu tinha poucas nuvens. Daí o título da exposição: “O céu sem nuvens é um tédio infinito”. A fotógrafa trabalha com a chamada lomografia, a arte de produzir fotos com as câmeras analógicas do tipo Lomo –com lentes de plástico e um grande número de apreciadores ao redor do mundo.
Douglas Caleja, por sua vez, fez fotos em preto e branco, com câmera digital. A mostra – que ele denomina “[EN][DESEN][REEN]CONTROS” – expõe imagens ambientadas no Museu Emílio Goeldi, cenário para uma foto do artista na infância.
Douglas reencontrou o espaço daquela foto antiga ao fazer um trabalho para o museu, ano passado. “Só conseguimos perceber o afeto pelo lugar quando retornamos a ele e vemos a diferença. A vida já está diferente”, filosofa. “Cada um precisa de um canto. Por isso todo mundo busca seu espaço”, completa.
O projeto Laboratório tem o objetivo de apresentar a produção visual de artistas iniciantes. As únicas condições para se inscrever são: que os propositores sejam paraenses e que ainda não tenham executado exposição individual ou recebido prêmios em salões oficiais.
Hélio Granado – Fundação Cultural Tancredo Neves

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