O grupo de estudantes esperava ansioso na entrada da Igreja de Santo Alexandre. Patrícia, Kaleb Thaís e Marcelo estão acompanhando a programação do 24º Festival Internacional de Música da Amazônia desde a abertura, no último domingo. Para eles, é uma peregrinação que em alguns momentos exige certo sacrifício, “como sair correndo do cursinho”, diz Patrícia. A experiência, no entanto, é compensatória, pois é uma grande possibilidade de conhecer a música.
Os adolescentes não estudam música, são expectadores comuns e buscam no festival – promovido pelo governo do Estado – uma forma de também conhecer o lugar onde vivem. “Eu não imaginava que houvesse, no meu Estado, uma coisa desse tipo. É tudo bem trabalhado, bem orquestrado. É surpreendente”, exclama Kaleb, que observa os espetáculos pela primeira vez.
Quem o incentivou foi a amiga Patrícia, que há quatro anos segue a programação. “O que é mais legal é a gente conhece outros compositores, e não apenas os clássicos, como Mozart e Bethoveen”, analisa a estudante do ensino médio. A espera do grupo era para assistir ao duo de piano e violino, composto por Paulo José Campos de Melo e Roberta França, na Igreja de Santo Alexandre, no início da noite desta quarta-feira (24).
Para Patrícia, o ecletismo do festival é um dos maiores pontos desta edição. “Fiquei impressionada ao ver a Amazônia Jazz Band tocando carimbó. A gente pensa que só vai ouvir música clássica, e de repente escuta um carimbo, é surpreendente!”, entusiasmou-se. Antes do duo, o grupo já tinha acompanhado a programação do Espaço São José Liberto, palco das apresentações dos grupos “Metal Pará” e “Ébano Quarteto”.
A quinta-feira do grupo já tem roteiro: começa pelo São José Liberto e só termina no Teatro Cláudio Barradas. O 24º Festival Internacional de Música do Pará prossegue até domingo (28), em diversos espaços culturais de Belém, com entrada franca. A programação completa está disponível no site www.fimupa.com.br.
Dani Franco – Secom
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