Já nos próximos meses, Belém terá um novo Hospital de Clínica e Cirurgia Geral, com atendimento de média e alta complexidade, e um Centro Especializado em Hemodiálise. O anúncio foi feito pelo governador Simão Jatene na manhã deste sábado (06), no prédio que abrigará o novo Hospital de Belém, na Rua Jerônimo Pimentel, entre Dom Romualdo Coelho e Dom Romualdo de Seixas, onde funcionou o Hospital Maternidade Saúde do Bebê.
“O importante é que esta unidade vai nos ajudar a melhorar o atendimento de outro hospital, o Ophir Loyola. Todos sabem que o Ophir Loyola é um hospital com história importante, mas que vem progressivamente se tornando inadequado, exigindo algumas reformas e ajustes. A única forma de fazermos isso foi buscar uma alternativa. Vamos deslocar uma parte da ocupação do Ophir Loyola para este novo hospital, e com isso ir reformando-o, para que ele possa atender a população com a qualidade que ela merece”, explicou Simão Jatene.
Com o novo hospital, serão disponibilizados 80 leitos no Ophir Loyola, que efetuará apenas atendimentos na área de Oncologia, aumentando em quase 45% a quantidade disponível atualmente.
Já os atendimentos em Clínica Médica e Cirurgias Gerais realizadas no Ophir Loyola passarão para o novo hospital, que terá capacidade para cerca de 100 leitos, e 10 consultórios; sete salas cirúrgicas, para procedimentos no fígado, pâncreas e cirurgia bariátrica, além de espaços para atendimento em Endocrinologia, Cardiologia, Nefrologia, Pneumologia e Reumatologia.
A população contará ainda com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com 14 leitos, e um Pronto Atendimento com oito leitos, além de 10 consultórios com serviços de diagnóstico por imagem, tomografia e endoscopia, laboratório clínico e farmácia.
Qualificação - Segundo o secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, mais do que oferecer mais leitos, a prioridade é garantir a qualificação desses leitos. “Esse novo hospital é resultado de um esforço muito grande do governo do Estado para poder investir em áreas críticas que ainda temos. Essa questão da necessidade de leitos no Estado é uma delas. Não adianta criar leitos, mas não ter uma retaguarda de laboratório, de pessoal qualificado e demais serviços que garantam a qualidade do atendimento. Neste novo hospital serão leitos, acima de tudo, qualificados”, enfatizou o secretário.
Com um investimento de cerca de R$ 40 milhões, a previsão inicial é que o hospital comece a funcionar dentro dos próximos meses. Além das adaptações que precisarão ser feitas, uma ampliação também está prevista, como resultado de uma negociação que ainda está se concretizando. “Nós estamos em fase de negociação com o prédio ao lado, para adquiri-lo e transferir uma parte dos consultórios daqui para este anexo, ampliando a quantidade de consultórios e o estacionamento. Isso vai tomar ainda um tempo para fazermos este ajuste. Antes de um ano Belém ganhará um novo hospital público”, explicou o governador.
Hemodiálise - Nos próximos dois meses, Belém também irá dispor de um Centro Especializado em Hemodiálise. O atendimento será dividido entre a Santa Casa de Misericórdia e um centro específico, que funcionará no bairro de Batista Campos, no local do antigo ambulatório da Polícia Militar. “Nós estamos acabando a construção. Os equipamentos já foram comprados, as equipes também já estão sendo treinadas, e dentro de no máximo 60 dias o centro será inaugurado”, garantiu Simão Jatene.
No Centro, 32 máquinas de hemodiálise estarão disponíveis para atender pacientes renais crônicos. Na Santa Casa funcionarão mais 10 máquinas, com atendimento voltado às crianças. Segundo o secretário Hélio Franco, as novas máquinas deverão acabar com a fila para hemodiálise em Belém. “Com essas máquinas funcionando não teremos mais nenhum paciente esperando em Belém por hemodiálise”, afirmou.
“Para atingirmos essa meta também é importante a implantação do serviço nos Hospitais Regionais. A desconcentração da alta complexidade, no caso do câncer, por exemplo, faz com que os pacientes de Altamira (município do oeste do Pará) não precisem vir a Belém, pois já são tratados no Hospital de Santarém”, ressaltou Hélio Franco.
Também participaram da visita técnica o secretário Especial de Proteção Social, Zenaldo Coutinho; a diretora do Hospital Ophir Loyola, Graça Jacob; parlamentares e autoridades.
Amanda Engelke - Secom (com informações de Edna Sidou - Sespa)
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