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sábado, agosto 27, 2011

Palestra previne lésbicas e bissexuais contra Aids e DSTs


 Atualmente as doenças sexualmente transmissíveis são consideradas um dos mais preocupantes problemas da saúde pública mundial. Doenças como Aids e Sífilis tornam o organismo humano mais frágil à ação de outras doenças e seus agravos. Além de responsáveis por muitos casos de mortalidade materna e infantil.
 Desde a década de 1990, o número de mulheres que se contaminaram com Aids, Sífilis ou outra doença sexualmente transmissível tem crescido cada vez mais. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, 2,31% da população das capitais brasileiras já teve contato com o vírus da hepatite C, por exemplo, sendo que, muitas dessas pessoas nem imagina que possam ter a doença.
 Foi integrando as ações de saúde na prevenção e combate à Aids e DSTs, que Mara Rocha, diretora do Centro de Testagem e Aconselhamento de Belém (CTA) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), proferiu uma palestra sobre serviços de saúde, prevenção e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis no LesbiPará, que organiza a II Marcha de Visibilidade das Mulheres Lésbicas e Bissexuais do Pará.
 O Centro de Testagem e Aconselhamento da Sesma (CTA Belém) já registrou mais de 70 mil atendimentos entre diagnósticos clínicos, epidemiológicos e de prevenção.  Trabalhando diariamente com a realização de mais de 100 atendimentos, na assistência gratuita de exames para a detecção das mais diversas DSTs e de forma discreta e reservada no aconselhamento aos pacientes que procuram os serviços do CTA Belém.
 “A participação da Sesma e do CTA Belém neste evento é muito importante, pois é a primeira vez que conseguimos de forma efetiva adentrar questões fundamentais junto a este público. As doenças sexualmente transmissíveis podem atingir a todos nós, mulheres ou homens, homossexuais, heterossexuais ou bissexuais”, afirma Mara Rocha.
 Segundo a Diretora do CTA Belém, o preconceito e a falta de informação são barreiras complexas para a prevenção contra a Aids e demais DSTs. “Infelizmente ainda há muito preconceito entre as sexualidades e este preconceito acaba por gerar desinformação. O CTA Belém serve como um link com a sociedade para fazer a unificação de todos os papeis em busca da prevenção”, conclui Mara Rocha.
 De acordo com pesquisas da Organização Mundial de Saúde (OMS) estima-se que 12 milhões de novos episódios de contaminação por DST surjam anualmente no Brasil. E que em todo o mundo, o maior índice de caso de Aids é na faixa etária entre 20 e 59 anos, porém entre os jovens de 13 à 19 anos, o número de contaminados é maior no sexo feminino.
 Para a representante do Ministério da Saúde, Denis Ribeiro, é importante criar e tornar pública a informação de prevenção. “Entre as mulheres existem questões que são anteriores à questão da transmissão de uma doença. Há fatores maiores que a simples definição de sexualidade, há a questão da submissão de gênero que ainda existe. Muitas mulheres procuram as unidades de saúde para levar os filhos ou o marido, mas nunca cuidando delas mesmas. Ainda há um grande caminho a ser percorrido”, concluiu.
 Mara Rocha falou ainda que sobre os demais projetos do centro, como o “CTA Itinerante”, que de acordo com a demanda os profissionais vão até uma determinada comunidade ou escolas realizando trabalhos educacionais de prevenção. Outro projeto do Centro é o “CTA Fluvial”, que em parceria com a Sociedade Bíblica atende as comunidades ribeirinhas.

Texto: Fernando Diniz - Ascom Sesma.
Fotos: Adriano Magalhães

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