A Ilha Grande, uma das 39 que Belém possui, foi a primeira comunidade ribeirinha a ser atendida pelo CRAS Itinerante, neste fim de semana. Aproximadamente 50 pessoas, entre crianças e adultos, foram atendidas pelo projeto, que visa prevenir situações de risco e vulnerabilidade, levar atendimento, intensificar o trabalho social e garantir direitos e cidadania à população que não possui condições de se deslocar até a cidade em busca de serviços e informação.
O projeto da Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), é fruto de uma parceria com a Sociedade Bíblica do Brasil, que disponibilizou o barco para o CRAS Itinerante. Ele é equipado com salas especializadas que dispõe de consultório médico, odontológico, farmácia, programa de incentivo à leitura, implementação de biblioteca, serviços de promoção à cidadania, como retirada de documentos, orientação jurídica e casamento comunitário. Além da Funpapa, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava presente na ação expedindo título de eleitor.
A coordenadora regional do projeto social da Sociedade Bíblica do Brasil, Marizete Santos, explicou que estas ações fazem parte do Programa Luz na Amazônia, que existe há 49 anos, mas atuando nos últimos dez anos especificamente no Pará . “Começamos num barco pequeno entregando bíblias e com o passar do tempo fomos vendo as necessidades das pessoas, o que motivou expandir o projeto com outras ações”.
Maria Costa, presidente da Funpapa, falou da satisfação de poder ver os bons resultados já obtidos. “É muito bom olhar para trás e ver que a Fundação tem ajudado muitas pessoas a encontrar o seu caminho, orientando e informando também. É justamente por isso eu não queria limitar o trabalho somente em Belém e sim, expandir eles até as ilhas”.
O barco Luz na Amazônia III atracou em frente à Unidade Pedagógica Nazaré, que ensina de 1ª a 4ª séries, e que recebeu informação e orientação sobre os serviços da Funpapa, como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e CadÚnico.
Maria José, diretora da Unidade Pedagógica, com 61 anos de idade, 48 destes dedicados ao ensino, credita sua realização pessoal ao trabalho educacional e social que desempenha, depois de ter passado por graves problemas de saúde. “O que está me fazendo viver é poder ensinar e ajudar as pessoas. Entrei em depressão quando pensei que não poderia ajudar mais ninguém”, enfatizou.
Hoje, as dificuldades pessoais fazem parte do passado e a diretora, emocionada, aproveitou para agradecer ao Prefeito de Belém, Duciomar Costa, pela ajuda dada à Unidade Pedagógica. “Há seis anos procurei o prefeito e pedi que ele ajudasse a nossa escola. Depois de oito dias, chegou material escolar e uma equipe de segurança para vigiar a nossa Unidade. Desde esse dia ele tem estado todos os dias no meu coração e em minhas orações. Meu sonho é dar um abraço nele”.
Maria Costa destacou o apoio da Prefeitura Municipal de Belém na aprovação do projeto CRAS Itinerante. “Sem o aval e o comprometimento do prefeito, nossa equipe não estaria aqui. Além do que, a preocupação com as famílias, é um dos temas mais recorrentes que a prefeitura trata”.O próximo atendimento do projeto será em 31 de agosto, na Ilha do Combu.
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