Cerca de 160 agricultores familiares participaram das duas Oficinas de Planejamento Participativo da Chamada Pública – proposta pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) – para o território sul do Pará Alto Xingu da Cadeia produtiva do leite. A atividade, que aconteceu nos dias 21 e 22 desde mês, em Redenção, e nos dias 23 e 24, em Xinguara – faz parte de uma das 12 metas previstas no edital vencido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) no final do ano passado. No total serão beneficiados 1.600 produtores rurais da região da bacia leiteira.
O objetivo central deste encontro foi identificar as principais demandas da cadeia produtiva leiteira no território do sul do Pará, além de planejar as ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) visando o desenvolvimento sustentável. Segundo a veterinária Maria Onilse Ribeiro, gerente desta chamada pública, este foi o momento dos próprios beneficiários exporem de que forma eles vêem o processo de melhoria da produção, para o fortalecimento da agricultura familiar.
Para a organização do trabalho da oficina, a gerência da chamada pública decidiu pela divisão dos municípios atendidos. Nos dias 21 e 22 deste mês, representando o lote 02, 80 agricultores, dentre eles lideranças rurais, dos municípios de Bannach, Cumuru do Norte, Ourilândia do Norte, Redenção, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia e Redenção estiveram reunidos. Já para o cumprimento da meta do lote 03, outros 80 produtores rurais estiveram reunidos em Xinguara, nos dias 23 e 24, vindos dos municípios de Água Azul do Norte, Conceição do Araguaia, Floresta do Araguaia, Pau D’Arco, Rio Maria e Sapucaia.
As oficinas dos lotes 2 e 3 da chamada pública cumpriram o cronograma estabelecido, segundo Maria Onilse Ribeiro, com a “construção da matriz de responsabilidades, que servirá de base referencial para o plano de ação”, próxima meta a ser cumprida. Durante o encontro, agricultores debateram sobre as principais dificuldades listadas na fase anterior – diagnóstico por meio de questionários – como a alimentação do rebanho, boas práticas higiênico-sanitárias, baixo padrão do rebanho, baixo rendimento na produção de leite e geração de renda, entre outros.
“Como solução, os agricultores decidiram por trabalhar em conjunto, organizados, além da obrigatoriedade da adoção de boas práticas de higiene. Apenas com a organização do produto e da produção será possível apresentar um produto de qualidade ao mercado”, explicou a gerente da chamada pública, que complementou, “esta organização ainda pode render bons resultados. Como a chamada pública ainda pode ser prorrogada pelo MDA, eles podem trabalhar com o beneficiamento do leite, como uma agroindústria familiar, por exemplo, e assim promover uma maior geração de renda para as famílias agricultoras do sul do estado”, afirmou Maria Onilse.
Kenny Teixeira - Ascom Emater
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