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terça-feira, novembro 01, 2011

Trotes no Ciop chegam a um milhão no ano e prejudicam atendimento

Um milhão e 82 mil ligações. O que bem poderia indicar a quantidade de chamadas recebidas pelo Centro Integrado de Operações (Ciop), na verdade revela um dos maiores problemas enfrentados pelo órgão: os trotes. Esse foi o número de trotes recebidos somente no período de 1° de janeiro a 31 de outubro deste ano, o que representa um percentual 34,52% de um total de 3,134 milhões de chamadas recebidas pelo centro ao longo do ano.
Apesar de alarmantes, os números sofreram uma ligeira redução. É o que garante o major Ferreira Júnior, que faz parte da coordenação das viaturas que atendem os serviços da área metropolitana de Belém. Segundo ele, os atendentes do Ciop passaram a reconhecer os trotes com mais facilidade, através do identificador de chamadas (conhecido como Bina) instalado nos aparelhos e também da linha de investigação do Sistema de Segurança Pública. “Temos buscado alternativas para combater essa prática. Através do equipamento conseguimos registrar o número do telefone de onde está se originando a ligação. Conseguimos, ainda, o CPF e o endereço de onde a ligação foi feita”, afirmou o major.
Além de aparelhos telefônicos com identificador de chamadas, os atendentes também tentam descobrir, por meio de perguntas específicas, se o relato é verdadeiro. “Somos orientados a fazer perguntas que podem nos ajudar a descobrir se realmente a informação é válida. Só depois desta confirmação é que nós encaminhamos a chamada para as viaturas”, disse a atendente Gisele Araújo, que há dois anos trabalha no Ciop. Ela contou que já recebeu os mais variados tipos de trotes, principalmente de crianças. Mas, o que mais perturba e pode causar sérias complicações é relacionado a palavras obscenas. “Alguns homens ligam várias vezes para ficar falando indecências pra gente”, disse. Nestes casos, o major ressaltou que a linha de investigação é ainda mais rígida. “Quando a pessoa persiste em passar o trote, ela passa a cometer um crime e se for confirmado, ela poderá responder criminalmente por isso”, enfatizou.
Os trotes recebidos pelo Ciop são prejudiciais em todos os sentidos. “Toda vez que os policiais são encaminhados para uma ocorrência que na verdade é um trote perde-se muito tempo, sem deixar de observar que enquanto os militares estão “atendendo” a uma falsa ocorrência, uma outra situação real pode estar acontecendo e deixando de ser coberta” explicou o major.
Crime - O Código Penal Brasileiro considera crime, passível de um a três anos de detenção, além de multa, o acionamento indevido de serviço de socorro. Passar trote para PM e outros órgãos governamentais é crime, de acordo com o texto do artigo 340 do CPB, que assim define: “Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou contravenção que sabe não ter se verificado", é considerado crime”.
Números/trotes - Fonte: Ciop
Janeiro a outubro de 2011
1 milhão 82 mil e 275

Outubro de 2011
141 mil e 216

Total de chamadas recebidas: 3 milhões e 134 mil
Bruna Campos – Secom

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