Na tarde do dia 26 de agosto, em Castanhal, o secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, participou de reunião com o Colegiado Gestor da Macrorregião Nordeste. O objetivo foi ouvir as principais reivindicações dos secretários municipais, mas também trocar ideias para melhor condução da saúde na região.
No primeiro momento, diretoras da 3ª Regional de Saúde apresentaram um panorama da saúde na região, com dados epidemiológicos e estatísticos, tendo sido alertadas pelo secretário estadual de saúde que os dados devem ser averiguados in loco, para saber, de fato, se as famílias estão sendo atendidas, como é o caso da Estratégia de Saúde da Família (ESF).
Helio Franco enfatizou que o Colegiado Gestor é um órgão de poder, onde os secretários municipais devem debater democraticamente seus problemas e juntos elaborar propostas para serem apresentadas ao governo do Estado. Ele informou sobre as Oficinas de Planificação da Atenção Primária em Saúde, que começarão a ser realizadas nas diversas regiões, conduzidas por técnicos da Sespa, já capacitados por consultores do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Depois, o secretário estadual de Saúde passou a ouvir cada um dos secretários presentes.
A falta e dificuldade de fixar profissionais médicos na ESF é um problema comum entre os municípios. A secretária municipal de São Domingos do Capim, Roseane Oliveira, disse que tem contado com médicos recém-formados, que ficam pouco tempo e vão embora. Assim, a rotatividade é grande e prejudica o andamento do trabalho na equipe. A boa notícia é que serão iniciadas as obras de reforma do Hospital Municipal.
A secretária de Saúde de Terra Alta, Helany Cristina Crispim, disse que recebeu a visita de uma equipe do Ministério da Saúde, que condenou a Unidade de Saúde Municipal. Mas com a ajuda do Estado, a Unidade será reformada. “o que o senhor prometeu, está cumprindo, estamos tentando melhorar, o governo ouviu a gente”, comemorou e agradeceu o apoio dos demais municípios.
Hospital Regional
O secretário municipal de Saúde de Castanhal, Rogério Pinto, disse que o município está com muita dificuldade de atender aos pacientes encaminhados pelos demais municípios, pois Castanhal paga pela diferença nos valores dos procedimentos de serviços contratados, como na área de ortopedia e neurologia, já que os valores pactuados entre os municípios estão aquém dos valores cobrados pelos serviços terceirizados. “Nós pagamos mais do que recebemos”, reclamou. Ele acredita que a implantação de um consórcio intermunicipal, com gestão compartilhada, ajude a superar as dificuldades, já que todos os municípios participariam e seriam beneficiados pelos serviços ofertados.
Rogério reafirmou que a principal reivindicação da região é a construção de um Hospital Regional em Castanhal, como solução para a população do nordeste, proposta que já foi aprovada pelo Colegiado de Gestão, uma vez que é para lá que a população migra em busca de saúde e outros serviços. “Estrategicamente, a localização de Castanhal está no funil para Belém, elas procuram o que precisam em Castanhal, quando não encontram é que elas seguem para Belém. No entanto, nós gestores também precisamos do conhecimento dos técnicos do Estado e financiamento da saúde de forma tripartite e equilibrada entre União, Estado e Municípios”, explicou.
Para Rogério Pinto, a presença de Helio Franco em Castanhal “fortalece o colegiado, a saúde, a região, demonstra interesse e visão do Dr. Helio de realmente estar onde a população está precisando, de conhecer a realidade para que os investimentos sigam o princípio da equidade, determinadas regiões precisam mais, outras nem tanto, mas sempre precisam. Essa presença, esse olhar que ele tem da prevenção, promoção da saúde, essa busca em fazer o convencimento, educação dos gestores e técnicos, e fortalecimento da Regional, é muito importante para todos nós aqui na região”.
Roberta Vilanova - Ascom Sespa
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