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quarta-feira, novembro 23, 2011

Delegado ouvirá gerente para apurar caso do consórcio

Na manhã desta quinta-feira (24) deverá ser ouvida, na Seccional Urbana de São Braz, a gerente do Consórcio Remaza Nova Terra, Adriana Marcondes, em inquérito policial instaurado para investigar crime de estelionato. O depoimento está marcado para as 11h. De acordo com o delegado José Maria Pereira, responsável pelo inquérito, cerca de 30 pessoas denunciaram ter pago para receber carros apreendidos em processos judiciais movidos pela empresa contra clientes inadimplentes. As pessoas efetuaram os pagamentos a dois funcionários na sede da Remaza, em Belém, mas não receberam os automóveis.
Atualmente, apenas na Seccional Urbana de São Braz, dois inquéritos foram instaurados para apurar as denúncias. Nesta quinta-feira, um terceiro inquérito será aberto sobre o caso. Até o final deste mês, o delegado estima que 15 inquéritos serão instaurados na Seccional para apurar o crime. “Tudo dependerá das representações das vítimas do golpe”, explicou José Maria Pereira. O delegado informou ter recebido a denúncia em primeiro de novembro, quando a gerente do Consórcio esteve na Seccional junto com um advogado, para denunciar Sandro Costa Santos e Sérgio Messala da Costa Haick.
Na época, os dois eram os funcionários responsáveis pela venda de consórcios de veículos na empresa. Depois da descoberta do golpe, ambos foram demitidos e sumiram da cidade. De acordo com a gerente, os dois usaram indevidamente o nome da empresa para anunciar consórcios de veículos em jornais, e assim atrair pessoas interessadas na aquisição de carros apreendidos por mandado judicial de busca e apreensão, por falta de pagamento das prestações do consórcio. Os interessados entraram no consórcio pagando os valores restantes. Contudo, não receberam os veículos. Ainda segundo a gerente, os contatos com os clientes foram feitos diretamente pelos ex-funcionários.
Sandro Costa Santos e Sérgio Messala da Costa Haick recebiam carros de terceiros e prometiam repassar os veículos aos interessados no consórcio. Eles chegaram a receber valores diversos. O delegado ouvirá a gerente em um dos inquéritos sobre o golpe, para obter informações sobre como eram feitos os procedimentos no consórcio. O delegado explicou ainda que o estelionato é um crime de representação condicionada, que para ser investigado necessita da representação da vítima para dar continuidade ao processo criminal. Por isso é importante que as pessoas não só registrem o Boletim de Ocorrência, mas que façam a representação da denúncia na Delegacia ou diretamente por via judicial.
Walrimar Santos - Polícia Civil

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