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terça-feira, novembro 01, 2011

Sespa realizará etapa da Pesquisa de Doença de Chagas na ilha do Combu

A Coordenação Estadual de Controle da Doença de Chagas da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizará no período de 06 a 18 de novembro, na ilha do Combu, Região Metropolitana de Belém, a segunda fase da pesquisa de "Protocolo de definição das áreas de risco de transmissão de T. Cruzi na região Amazônica".
A primeira fase da pesquisa em Belém foi realizada em 2009, nos bairros de Val de Cans e Jurunas, que na época registraram os maiores índices de casos da doença. Segundo Elenild Góes, coordenadora estadual de Controle da Doença de Chagas e condutora da pesquisa, a escolha da Ilha do Combu se deve ao fato de boa parte do açaí consumido ser proveniente desse lugar, localizado à margem esquerda do rio Guamá, em frente ao campus da Universidade Federal do Pará. No interior do Estado, trabalho semelhante foi feito ao longo de 2008, em Abaetetuba, e nas ilhas de Ajuaí e Genipaúba.
Agendada para acontecer bem antes de Belém apresentar o atual surto da doença de Chagas, a pesquisa na ilha do Combu será desenvolvida em dois subperíodos e com as seguintes atividades: de 06 a 11 de novembro serão realizados inquérito humano em toda população da Ilha do Combu e Ilha do Papagaio, abrangendo aproximadamente 1.500 pessoas; georreferenciamento das casas da comunidade; levantamento do substrato vegetal feito por técnicos do Museu Emílio Goeldi; aplicação de questionário socioeconômico-cultural-étnico e distribuição de hipoclorito.
De 12 a 18 de novembro serão acrescidas na pesquisa outras atividades: palestras sobre boas práticas de manipulação de alimentos, incluindo o açaí, feitas por técnicos da Vigilância Sanitária da Sespa; inquérito de barbeiros e inquérito ambiental, por meio de pesquisa de reservatórios animais, sejam silvestres e domésticos.
Participarão do trabalho cerca de 170 profissionais destacados pela Sespa, Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal do Pará (UFPA), Museu Emílio Goeldi, Fundação Ezequiel Dias (Funed), Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), Secretarias Municipais de Saúde de Belém, Abaetetuba, Barcarena e Igarapé-Miri, Corpo de Bombeiros do Estado do Pará, Instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnósticos da APAE (IPED) de Campo Grande (MS), Cruz Vermelha do Pará, Secretaria Municipal de Saúde de Santos (SP), Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (RS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade de Campinas (Unicamp) e Instituto de Pesquisas da Saúde da Universidade de Quebéc - Canadá.
"É um trabalho cujo objetivo será avaliar os fatores que fazem de Belém a campeã em número de casos da doença de Chagas em todo o Estado", afirma Elenild Góes, que estará à frente da pesquisa, envolvendo o apoio de dois barcos e de outras 10 voadeiras para transporte e organização dos materiais a serem usados pelos profissionais atuantes na expedição. Até esta segunda-feira, 31 de outubro, o número de casos da doença de Chagas no Estado chegou a 97, dos quais 37 só em Belém. Ao todo, dez pessoas morreram este ano.
Mozart Lira - Ascom/Sespa

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