O
projeto Biizu, da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), certificou na
manhã desta terça-feira (22) dezenas de crianças e adolescentes que
participaram das oficinas de fotografia, rádio e desenho no município de
Prainha, oeste do Pará. A ação faz parte dos serviços levados pelo governo do
Estado ao município dentro da Caravana Pro Paz Cidadania.
O olhar
atento e as mãos precisas transformavam a imaginação em contornos na folha de
papel. Foi com esta dedicação que Paulo Kennedy, 21 anos, descobriu a paixão
pelos desenhos aos 9 anos. A chegada do Biizu ao município permitiu que ele
pudesse se aperfeiçoar. “Quando soube da oficina, fiquei muito esperançoso, porque
nunca tinha tido aula de desenho. Adorei as aulas e aprendi dicas importantes
de luz e sombra e perspectiva, que vão me ajudar”, disse.
O
instrutor, Édson Redivan, destacou a atenção com que os jovens do interior
trabalham nas oficinas. “Acredito que por conta da carência de informações e
até acesso a revistas especializadas eles encontram nestas oficinas
oportunidades únicas para aprender. Ficamos muito satisfeitos com os resultados
em Prainha. A procura foi boa e os jovens soltaram a criatividade, até porque
os deixo livres e isto os cativa sempre”, frisou.
A
oficina de fotografia contemplou curiosos em aperfeiçoar a técnica e
profissionais que precisam de informações importantes para tocar o negócio da
família. Foi o caso de Carla Suzane Campos, 21 anos, que trabalha com o marido
em uma loja no centro da cidade. A oficina proporcionou ao casal informações
importantes para aperfeiçoar as técnicas e melhorar o negócio. “Antes não tinha
noção de como fotografar. Colocava a máquina na direção da pessoa e fazia a
foto. Agora sei como fazer o enquadramento e a melhor iluminação para cada
situação”, comentou ela.
“A técnica é importante, mas o olhar é fundamental”, disse o
instrutor de fotografia, Sidney Oliveira. Ele levou os alunos para fotografar a
cidade e os ensinou como obter a sensibilidade para enxergar detalhes que
muitas vezes passam despercebidos pelos próprios moradores. “Fiz algumas fotos
e as mostrei aos participantes da oficina. Quando eles viram as imagens, não
sabiam identificar que eram do próprio local onde moram”, destacou.
A
comunicação interativa do rádio conquistou crianças e adolescentes na oficina
do Biizu. O estudante Jhoe Savio Amorim, 11 anos, exigiu durante a oficina uma
atenção da instrutora, Márcia Lima, por ser comunicativo demais. “Fiquei
surpreso com a oficina, não sabia que era legal assim. Aprendemos como o
locutor trabalha e como deve falar no microfone, achei muito legal”, disse o
garoto.
Em
Prainha não existe rádio, por isso os jovens da cidade não tinham noção de como
este canal de comunicação poderia funcionar e a importância que exerce no seio
da comunidade. Ao conhecê-lo, os participantes se apaixonaram. Cada áudio
gravado e cada edição eram motivos suficientes para deixar os pequenos
surpresos e felizes.
Ao final
das atividades, todos receberam seus certificados e apresentaram uns aos outros
os resultados obtidos nos dias de oficina. A equipe do Biizu segue nesta
quarta-feira (23) para o município de Monte Alegre, distante oito horas de
barco de Prainha, onde dezenas de crianças e jovens aguardam as oficinas.
Texto:
Cora Coralina-Secom
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