A
partir de quarta-feira (9), nove municípios de todas as regiões do Estado
receberão fóruns sobre a instalação de Escolas Estaduais de Educação
Profissional e Tecnológica. O evento reunirá representantes do setor produtivo
e da comunidade em geral para fazer um levantamento das demandas sociais
apresentadas às escolas que já estão sendo construídas nessas regiões,
garantindo um diagnóstico que permita conhecer a realidade local. O primeiro
fórum acontece em Santarém, oeste do Pará.
Até o
dia 21 deste mês, os fóruns também acontecerão em Breves, Tomé-Açu, Xinguara,
Novo Progresso, Tucuruí, Barcarena, Santana do Araguaia e Parauapebas. A
previsão é que a construção das escolas tecnológicas seja concluída até o
primeiro semestre de 2013 nesses municípios. O investimento feito pela
Secretaria de Estado de Educação (Seduc) nessas e em outras duas escolas, em
Vigia e Oriximiná, é no valor de R$ 63.784.968,12, por meio de financiamento do
Programa Brasil Profissionalizado, do governo federal.
O fórum
é divido em três momentos. No primeiro, uma palestra apresenta a realidade
sócioeconômica em que a escola está inserida para que examine as reais
necessidades para a educação tecnológica e profissional na região, tornando
mais fácil e coerente a definição dos cursos que serão ofertados para aquela comunidade.
O
segundo momento é de integração entre os participantes – associações,
federações locais, pais de estudantes, professores, alunos e etc –, que
discutirão os eixos tecnológicos a serem ofertados. Na última etapa, será
aberta uma plenária para definição de um comitê que gerenciará as ações
definidas no evento até o funcionamento pleno da unidade de ensino.
A Rede
de Desenvolvimento de Fornecedores do Pará (Redes) atua junto às empresas
paraenses e os grandes projetos instalados no Estado. Segundo o coordenador
geral da Redes, Luiz Pinto, até 2016 serão investidos cerca de R$ 130 bilhões
em grandes projetos no Estado, o que deve gerar 161 mil novas vagas de
trabalho, das quais quase 110 mil serão para profissionais de nível técnico.
Além de
se preocupar com a atual fase de implantação desses projetos, diz ele, é
preciso atentar para a fase posterior e, sobretudo, dialogar com o setor
produtivo para direcionar melhor a qualificação desses profissionais. Hoje,
observa o coordenador, o Pará é um Estado meramente extrativista, mas, em um
prazo de até 15 anos, passará a ser um Estado energético, siderúrgico e
logístico.
“Esses investimentos transformarão a realidade do Pará
completamente. É fundamental provocar o setor produtivo para essa discussão”, afirma
ele, acrescentando que “além da gente olhar para a formação técnica e superior,
a educação básica tem que estar muito segura para que esses alunos estejam
prontos para também receber a formação técnica”.
A coordenadora de Educação Profissional da Seduc, Márcia
Aguiar, destaca que a modalidade é prioridade para a rede estadual. “Os fóruns
são fundamentais para que as ações da Seduc sejam pontuais com resultados
expressivos. Para isso, o diálogo com o setor produtivo e com o poder público
local é necessário, pois a escola passa a assumir um papel de mola promissora
para o desenvolvimento dos municípios da região, ampliando a qualidade de vida
dos seus cidadãos”, conclui.
Texto:
Mari Chiba-Seduc
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