O
processo de perparação do peixe salgado no Pará deverá ganhar uma atenção
especial com o projeto “Peixe Salgado do Complexo Ver-o-Peso”, elaborado pela
Universidade Federal do Pará (UFPA), que visa orientar os pescadores e
manipuladores artesanais para as regras de higiene estabelecidas pela
Vigilância Sanitária. A finalidade é atender as exigências dos órgãos de
fiscalização do mercado, que muitas vezes apreendem grandes quantidades de
pescado em razão da má qualidade do produto. O projeto recebeu o apoio da
Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq).
A
principal meta do projeto é padronizar o processo de salga. No total, serão 15
mil pessoas do segmento envolvidas em capacitações técnicas. O plano, junto com
o calendário de ações - que começam em janeiro e terminam em dezembro de 2013 -
já foi aprovado pela UFPA e agora segue para a aprovação do Ministério da
Educação (MEC). O projeto visa, ainda, fazer com que o produto final chegue nos
pontos de venda embalado e com rótulo contendo informações como as bases
nutricionais e o tipo de salga utilizada (mostrando se o peixe foi só salgado
ou se também foi seco). A titular da Sepaq aprovou a ideia e se mostrou
disposto a encampá-la. “Vamos aceitar esse desafio, paté porque uma das nossas principais metas é garantir um
produto de qualidade à população paraense”, destacou Henrique Sawaki.
Titular
da Promotoria do Consumidor, o promotor Marco Aurélio Nascimento aprovou a
iniciativa, assim como a própria categoria, principal prejudicada com as
apreensões de pescado considerados impróprios para o consumo. “A dificuldade de
constatar a boa qualidade do peixe salgado é muito grande, por isso é
importante essa regularização. Hoje é muito difícil uma grande mercadoria de
peixe salgado não ter problemas com a vigilância sanitária”, afirmou o
promotor. “Parabenizo esse trabalho, pois é preciso olhar tanto para a
economia, quanto para o consumidor. O trabalhador precisa ser o alvo do
projeto”, ressaltou o presidente da
Associação dos Feirantes de Belém, Raimundo Oliveira.
Texto: Anna Carla-Sepaq
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