Diariamente,
peritos criminais de Fonética Forense do Pará realizam dezenas de exames
periciais em registros audiovisuais, que podem representar provas de
investigações para a polícia e a Justiça. Por causa da grande demanda de
análises e pela necessidade em aperfeiçoar esta área, o Centro de Perícias
Científicas Renato Chaves ministra, de 14 a 18 de maio, na Escola de Governo do
Estado do Pará, um curso voltado à área, com o objetivo de potencializar o
setor e proporcionar mais segurança para que o perito auxilie as autoridades
por meio do laudo oficial.
Para
ministrar o curso, a Coordenação de Aperfeiçoamento e Pesquisa (Coapes) do CPC
Renato Chaves convidou a mestra Cíntia Schivinscki Gonçalves, fonoaudióloga e
doutoranda em linguística aplicada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (PUCRS), que atua como perita criminal no Instituto Geral de
Perícias (IGP).
Com uma
carga horária de 40 horas de aulas práticas e teóricas e uma turma de 15
peritos criminais do CPC Renato Chaves de Belém e do interior, o curso abordará
o estudo dos fundamentos necessários para o desenvolvimento de confrontos
vocais forenses, especificamente os orgânico-funcionais, de ordem linguística,
e os relacionados ao processamento digital de sinais. O conteúdo inclui temas
como introdução à perícia de verificação de locutor, instrumentalização em
linguística, instrumentalização em acústica da fala, realização de verificação
de locutor 1 e realização de verificação de locutor 2.
O
objetivo é fazer com que o perito criminal compreenda, contextualize e aplique
o conhecimento técnico na identificação humana a partir de provas criminais
encaminhadas ao setor de fonética forense. Todo esse material, digital ou
analógico, necessita de análises de conteúdo (análise de áudios), autenticidade
(verificação em edições) e autoria (verificação de locutores), que acabam
fundamentando e concretizando um laudo criminal.
Atualmente,
as provas mais comuns analisadas pelo CPC Renato Chaves são conteúdos captados
por câmeras de vigilância ou câmeras de circuito fechado de TV, interceptações
telefônicas autorizadas, gravações de áudio e vídeo em mídia digital ou
analógica como aparelhos celulares, computadores, cds, dvds, pen drives, fitas
VHS, cassete ou microcassete, entre outros.
Texto: Nil Muniz-CPC
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