Os
profissionais de Serviço Social que integram a Polícia Civil do Pará foram
homenageados nesta terça-feira (22), em solenidade na sede da Delegacia Geral,
em Belém. Cada um dos 37 assistentes sociais recebeu um certificado de elogio
em reconhecimento pela dedicação, zelo, qualidade e eficiência das atividades
desenvolvidas nas unidades policiais na Grande Belém e no interior do Estado.
O Setor
Social da Polícia Civil é responsável em fazer a chamada mediação de conflitos
entre pessoas, como em brigas entre vizinhos, desavenças familiares e até
acompanhar apurações de denúncias de maus tratos no lar. Na Polícia Civil, os
assistentes sociais fazem encaminhamentos para a rede de serviços
sociojurídicos e assistenciais, prestam orientações às pessoas sobre os
direitos do cidadão e fazem visitas domiciliares para verificar situações de
violação de direitos contra crianças, adolescentes e idosos.
A
professora da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal do Pará
(UFPA) Vera Paracampo salientou a importância da parceria com a Polícia Civil
para o desenvolvimento da profissão de assistente social. Ela ressaltou o
trabalho desempenhado pelo Setor Social da corporação, que já foi alvo de
pesquisas de outras faculdades de serviço social no Brasil, que buscam
informações sobre o serviço dos assistentes sociais prestado na instituição
policial.
O
delegado geral da Polícia Civil, Nilton Atayde, ressaltou que a UFPA tem sido
uma parceira fundamental para a instituição policial. Ele citou a importância
do trabalho de assistente social para a Polícia Civil. “Esses profissionais
prestam uma contribuição muito grande para que os indicadores de criminalidade
não sejam maiores”, salientou, acrescentando que esses profissionais resolvem
muitas situações que se tornariam casos de polícia nas delegacias.
Nilton
Atayde citou as melhorias implementadas no Setor Social da Polícia Civil. Entre
elas, está a criação da Coordenação do Serviço Social e a atenção para a
melhoria da estrutura nas unidades policiais para o atendimento social.
“Queremos que os assistentes sociais tenham um espaço adequado nas delegacias
para fazer um melhor atendimento à sociedade”, disse ele, citando o empenho em
adquirir viaturas específicas ao Serviço Social para as visitas domiciliares.
Ele também salientou que irá propor o aumento do número de assistentes sociais
por meio de concurso público.
“Nos sentimos prestigiados e apoiados”, salientou Consuelo
Santos, em nome dos profissionais do Serviço Social, lembrando a evolução do
Serviço Social na Polícia Civil desde o ano de 1983, quando o serviço foi
implantado na Seccional de Polícia da Sacramenta e, a partir de 1988, quando
foi feito o primeiro concurso público para a área. “Nosso trabalho vem se
aperfeiçoando a cada ano”, asseverou.
Apenas
no primeiro quadrimestre do ano, o Setor Social da Polícia Civil fez mais de
3,1 mil atendimentos nas unidades policiais. Ao todo, mais de 1,4 mil casos
passaram por mediação feita pelos assistentes sociais nas delegacias. A maioria
dos acordos firmados entre as partes foi feita de forma espontânea, sem
necessidade de registro de boletim de ocorrência policial.
Do total
de casos atendidos este ano, mais de 850 pessoas receberam orientações sobre
seus direitos, leis e benefícios. Outras 650 pessoas tiveram encaminhamentos
para a rede de serviços sociais, jurídicos e assistenciais do Estado, como
Defensoria Pública. Ano passado, o trabalho de mediação de conflitos feito por
assistentes sociais da Polícia Civil resultou em mais de 15 mil atendimentos
sociais nas unidades policiais.
Texto:
Walrimar Santos-Polícia Civil
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