Doze
famílias agricultoras de quatro comunidades de Santa Bárbara, na Região
Metropolitana de Belém, estão diversificando as atividades de olericultura e
mandiocultura a partir do cultivo de flores ornamentais. A iniciativa é apoiada
pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Estado do Pará (Emater) e há cerca de três anos já tem a força de uma
organização social: a Associação dos Produtores de Flores de Santa Bárbara do
Pará (Atropisan).
Em um
terreno comunitário, dois hectares plantados com espécies de considerável valor
comercial - como xampu e rosas - geram botões, buquês e vasos montados que vêm
sendo comercializados, diretamente para os consumidores, com lucro de cerca de
30% para os produtores. “Mas o mercado de floricultura no município ainda é
muito deficiente, em termos de infraestrutura, capacitação dos produtores e
articulação. Existe uma demanda das floriculturas e eventos de Belém, por
exemplo, que precisa de matéria-prima geograficamente próxima, como é o caso de
Santa Bárbara”, diz o técnico em agropecuária e gestor ambiental da Emater
Carlos Roberto Matos.
De
acordo com ele, a floricultura é uma alternativa muito vantajosa para o
agricultor familiar de Santa Bárbara, porque permite retorno rápido. “Se para
colher a mandioca o agricultor espera até dois anos, já com as flores ele só
precisa de seis meses. Além de uma colheita mais rápida, a produção das flores
é ambientalmente correta", explica.
Com o
intermédio da Emater e do Banco do Brasil, três das doze famílias já são
financiadas pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf). As outras devem ter crédito aprovado, de R$ 2.000,00 e R$ 500,00
cada, até o mês que vem. Os recursos serão investidos na aquisição de mudas,
adubo e vasos.
Texto: Aline Miranda-Emater
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