A Nação Jurunense e em especial, o Jurunas e mais
especificamente a Escola de Samba Rancho Não Posso Me Amofiná, foram destaques
na madrugada de hoje, no programa da TV Globo, Jô Soares. Coube a musicista
paraense, cabocla do Marajó, Glória Capulto a façanha de atender convite do
conceituado apresentador e junto com uns quinze jovens músicos formados por ela
fazer uma bela apresentação.
Glória contou que começou em 2004 em uma escola de samba no
Jurunas (não citou o nome do Rancho), com o projeto Vale Música, onde contou
com apoio da Prefeitura Municipal na época. Das 200 crianças enviadas pela
Prefeitura, 110 seriam escolhidas por ela durante as realizações das aulas. Jô
Soares perguntou por que não as 200, e ela respondeu que a peneira era
necessária porque a verba era curta.
Os alunos não tinham escolha de instrumento e todos
começaram as aulas praticando vozes e dali formado o primeiro coral. Depois
passaram para outra fase, que era a flauta doce e daí por diante, os demais
instrumentos, dentre os quais, violonista o que eles apresentaram à madrugada
de hoje no Programa do Jô. Glória disse que queria ter levado os 60 integrantes
que inclusive formam uma sinfonia.
Glória Caputo contou também que quando o então presidente
Lula esteve em uma de suas viagens em Belém, tentou mostrar o projeto no
Hangar, quando lá esteve o presidente da República, mas o cerimonial não
deixou. Ela não desistiu, e agrupou os jovens (não revelou o local), colocou
uma feijoada a todos e depois seguiram para próximo do Hangar. Ela buscou saber
por onde seria o trajeto da comitiva presidencial.
Ela descobriu onde estava o avião presidencial e se postou
com as crianças no local aonde a comitiva não tinha como escapar. De princípio
os seguranças tentaram impedi-la, mas depois de revelar aos mesmos o seu
objetivo, acabou sensibilizando os mesmos e minutos depois ela fora anunciada
minuto a minuto os passos da comitiva.
Um vídeo foi mostrado onde mosttra a professora... |
... numa montaria em meios aos bufalos, na sua terra natal, o Marajó |
De repente começaram a surgir os primeiros carros pretos, e
passaram parece uma bala, e nada de pararem embora ela fosse para a margem da
estrada, e neste mesmo momento o coral já entoava a Aquarela do Brasil. De
princípio ela ficou triste achando que tinha sido em vão a iniciativa. Quando
de repente, os carros começaram a retornar e pararam ao lado da professora
Glória Capulto e de um dos veículos
desceu o presidente Lula e ali ficou por uns 25 minutos, mesmo sobre a insatisfação
do cerimonial que fazia de tudo para acabar a festa dos jovens e da iniciativa
da professora que teve um aprendizado de piano nos Estados Unidos e não guarodu
só pra si o que aprendeu, pensou na comunidade principalmente as mais carentes
e a base foi o Rancho.
Jô Soares indagou à Glória se o Lula mandou alguma coisa?
Ela respondeu de princípio com um sorriso e depois disse que também nada pediu
ao presidente, mas conseguiu uma grande façanha: parar uma comitiva
presidencial numa estrada. Jô Soares complementou: “Se você não pediu nada,
portanto, nada ele deu, então estava tudo empatado”.
A apresentação dos jovens jurunenses e outros bairros da
Nação Jurunense e outros bairros de Belém no Jô Soares, foi a melhor coisa que
aconteceu numa segunda-feira, onde a torcida do Clube do Remo estava frustrada
pela perda do Campeonato Paraense para o Cametá e também perdendo a vaga no
Campeonato Brasileiro da 4ª Divisão para o próprio Cametá. Digo isso porque o
Governo do Estado investiu e em muito neste Clube assim como também no Paysandu
e pouco deram de retorno para o Pará, principalmente na Copa do Brasil, onde o
Remo caiu e feio, sendo que o Papão avançou um pouco mais, um fato inédito.
E a professora e musicista Glória Capulto conseguiu deixar
marca importante na trajetória paraense na música. Glória ainda deu um show
quando disse que “muito se fala que a Amazônia é o pulmão do mundo e investem
trilhões e nada se vê de resultado”. Ela lamenta que esse investimento não
aconteça com as crianças, pois lhes dando Educação, certamente elas serão
multiplicadoras e certamente guardiã da Amazônia. Jô Soares finalizou com
completando chegou a entrevistar um climatologista e ele lhe revelou que essa
história de Amazônia, pulmão do mundo, é engodo geral, pois o que os estrangeiros
não querem mesmo é que os brasileiros e o Brasil cresçam mais ainda.
Texto: Jorge Mesquita
Fotos: Reproduzidas da TV
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